O projeto chegou a ser
incluído na pauta da Comissão de Administração Pública, também prevista para
esta terça, mas deve ser retirado a pedido do presidente do colegiado, deputado
Waldemar Borges (PSB). O parlamentar justificou a decisão pela necessidade de
aguardar o parecer da Comissão de Finanças e o retorno de pedidos de informação
sobre o uso dos mais de R$ 3,6 bilhões em empréstimos contratados anteriormente.
“Vamos esperar o parecer de
Finanças. E eu quero saber, antes de votar, no que se investiu o recurso dos
empréstimos passados. O governo tem 30 dias para responder”, afirmou Borges.
A proposta de novo
empréstimo se transformou em ponto de tensão entre o Palácio do Campo das
Princesas e os parlamentares independentes e de oposição, que comandam as
principais comissões da Alepe. A solicitação foi assinada pela vice-governadora
Priscila Krause, durante o recesso da governadora Raquel Lyra (PSD), e enviada
à Alepe em 20 de março, com pedido de urgência, que obriga análise em até 45
dias.
Nos bastidores, deputados
usaram a tramitação da matéria como instrumento de pressão para cobrar o
pagamento das emendas impositivas de 2024, ainda pendentes. A tensão se
refletiu publicamente durante evento da Amupe (Associação Municipalista de
Pernambuco), onde houve troca de farpas entre Raquel Lyra e o presidente da
Alepe, Álvaro Porto (PSDB). A governadora cobrou aprovação do empréstimo; o
deputado respondeu com apelo pelo pagamento das emendas.
Na reunião da CCLJ de 29 de
abril, o projeto foi aprovado com unanimidade, com inclusão de emenda do
deputado Edson Vieira (União Brasil) exigindo que o Governo do Estado preste
contas do uso dos recursos obtidos por meio do novo empréstimo.
A líder do governo na Alepe,
Socorro Pimentel (UB), minimizou o impasse e demonstrou confiança na
tramitação:
“Confio no bom senso dos
parlamentares para que a proposta siga seu curso e possamos continuar
investindo no desenvolvimento do estado.”
O desfecho da votação nas
comissões técnicas será determinante para o avanço da proposta no plenário da
Alepe, onde o clima entre base, oposição e independentes segue de expectativa e
tensão.
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