quinta-feira, 24 de abril de 2025

Internado, Bolsonaro é intimado pelo STF e critica Alexandre de Moraes

                O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi formalmente intimado nesta quarta-feira (23) a apresentar sua defesa na ação penal que o acusa de tentar articular um golpe de Estado. A intimação ocorreu enquanto Bolsonaro está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital DFStar, em Brasília, e provocou forte reação do ex-chefe do Executivo.

Segundo relatos, Bolsonaro demonstrou indignação ao receber a oficial de justiça e questionou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de dar início à contagem do prazo de cinco dias para a apresentação de sua defesa enquanto ele se encontra hospitalizado. “A senhora tem noção de que está em uma sala de UTI do hospital?”, questionou o ex-presidente, visivelmente contrariado.

A oficial respondeu afirmando que havia conversado previamente com os diretores do hospital e com os advogados de Bolsonaro, garantindo que o procedimento havia seguido as devidas orientações. Ainda assim, Bolsonaro insistiu para que ela lesse o nome da autoridade responsável por determinar a intimação diretamente no hospital.

Durante o diálogo, a oficial explicou que o mandado estava em aberto desde o dia 11, o que levou Bolsonaro a questionar o andamento do processo, mesmo sabendo que a oficial de justiça não tem qualquer influência sobre o trâmite da ação no STF.

“Tive um procedimento invasivo hoje de manhã, que meu intestino não está funcionando. Infelizmente, vou para sala de imagem agora, aplico o contraste e poderia assinar mais tarde sem problemas. Mas como a senhora insistiu…”, declarou Bolsonaro, tentando adiar a assinatura da intimação.

A decisão do STF de autorizar a diligência se baseou na participação de Bolsonaro em uma live transmitida na véspera. Na transmissão, promovida por seus filhos e pelo ex-piloto Nelson Piquet, o ex-presidente apareceu ativamente, divulgando capacetes com tecnologia de grafeno. Para a Corte, essa aparição pública foi interpretada como sinal de que Bolsonaro estaria apto a ser intimado, mesmo hospitalizado.

O processo, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, investiga a atuação de Bolsonaro e aliados em supostas tentativas de desestabilização institucional e reversão do resultado das eleições de 2022.

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