quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Ex-ministro Gilson Machado citado em delação sobre tentativa de golpe

            O ex-ministro do Turismo, o pernambucano Gilson Machado, foi um dos nomes citados na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, divulgada nesta quarta-feira (19), após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubar o sigilo dos depoimentos do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

Segundo Cid, Bolsonaro era cercado por grupos que se dividiam entre a busca por indícios de fraude nas urnas eletrônicas e a defesa de um golpe de Estado. Gilson Machado figurava entre os membros da chamada "ala mais radical", ao lado do ex-ministro Onyx Lorenzoni, dos senadores Jorge Seif (PL-SC) e Magno Malta (PL-ES), do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), do general da reserva Mário Fernandes e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Dos citados, apenas o general Mário Fernandes foi indiciado pela Polícia Federal e denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele está preso desde novembro de 2024 por envolvimento em um plano para assassinar o presidente Lula (PT) e outras autoridades. Os demais mencionados não foram denunciados pela PGR, mas os relatos de Cid os colocam no centro de uma das maiores crises políticas recentes.

O ex-ajudante de ordens relatou que os integrantes dessa ala mantinham contato frequente com Bolsonaro, incentivando-o a dar um golpe e assegurando-lhe que tinha apoio popular e de grupos armados, como os CACs (colecionadores, atiradores e caçadores). Apesar das afirmações, Cid disse que não sabe se os citados levavam documentos ao ex-presidente e que não presenciou todos os encontros. 

A revelação coloca Gilson Machado e outros aliados de Bolsonaro sob os holofotes, ampliando os desdobramentos da crise política e reforçando as investigações sobre uma possível tentativa de golpe no Brasil. 

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