O contrato, com potencial de
durar cinco anos, é para "patrocínio ou defesa de causas judiciais e
administrativas". Só que os denunciantes não estão tão impressionados. Segundo
eles, o município já tem uma Procuradoria Municipal bem equipada, com um
Procurador Geral que recebe cerca de R$ 6 mil por mês e um corpo técnico de
mais de dez advogados, o que, na visão deles, é mais do que suficiente para dar
conta dos menos de mil processos em andamento.
Mas o toque de genialidade
vem no detalhe: os processos "de alta complexidade" que justificariam
a contratação do escritório? Segundo os denunciantes, eles simplesmente não
existem. O Tribunal de Contas do Estado, o Tribunal de Contas da União e outras
entidades mencionadas no contrato estão em um estado zen com São José do Egito
– sem nenhum processo ativo.
A denúncia vai além: sugere
que a contratação seria para defender interesses pessoais do prefeito e seus
secretários em futuras prestações de contas. E, claro, tudo isso usando
dinheiro público. Afinal, por que não contratar um escritório de advocacia por
R$ 17 mil mensais quando a sua procuradoria já está pronta para trabalhar?
Os críticos ainda apontam
que o processo de licitação está tão caprichado que supera os valores médios da
região em mais de 100% e inclui, no time do escritório, um ex-procurador
envolvido em escândalos antigos. Para coroar, lembram que, nas gestões
passadas, ninguém jamais ousou investir tanto em advogados para serviços
"tão especiais".
A denúncia já foi enviada ao
TCE-PE e ao MPPE. E enquanto a "nova política" de Fredson Brito
começa a mostrar velhos hábitos, a população de São José do Egito acompanha
essa novela jurídica VIP, com direito a roteiro digno de tribunal... ou de
comédia de costumes.
👉 Acompanhe mais notícias em nossas redes
sociais:
Nenhum comentário:
Postar um comentário