Os problemas financeiros de
Nazaré da Mata não são recentes. Em 2022, o Tribunal de Contas do Estado de
Pernambuco (TCE-PE) já apontava dificuldades significativas na administração do
então prefeito Inácio Manoel do Nascimento (Solidariedade), conhecido como
Nino. As contas daquele ano, analisadas em outubro de 2024, revelaram um déficit
orçamentário de R$ 6,49 milhões e um déficit financeiro de R$ 55,44 milhões,
além do excesso nos gastos com pessoal, que atingiram 73,94% da RCL.
As contas de 2023 ainda
estão pendentes de avaliação pelo TCE-PE, mas os dados disponíveis reforçam a
imagem de uma gestão marcada por problemas estruturais graves.
Durante seu mandato,
Nascimento enfrentou acusações de abuso de poder político. Após ser reeleito em
2020, teve seu diploma cassado em primeira instância por sancionar leis que
concediam vantagens a servidores em período eleitoral, prática considerada
irregular. Em 2021, o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE)
reformou a sentença, permitindo que ele continuasse no cargo, mas os sinais de má
gestão permaneceram evidentes.
Impactos - Com
o decreto, a atual prefeita espera adotar medidas emergenciais para conter a
crise fiscal e reorganizar as contas públicas. A calamidade financeira permite
à gestão flexibilizar contratos e priorizar despesas essenciais, como folha de
pagamento e saúde, enquanto busca renegociar a dívida previdenciária.
A situação de Nazaré da Mata expõe os desafios enfrentados por municípios com histórico de má gestão fiscal e políticas públicas insustentáveis. O decreto marca um momento crítico, mas também uma oportunidade para reestruturar as finanças e retomar a confiança da população.
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