sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Cremepe instaura sindicância para investigar morte de menina na Unimed Recife

               O Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe) anunciou nesta quinta-feira (16) a abertura de uma sindicância para investigar as circunstâncias que levaram ao falecimento da menina Bruna Brito, ocorrido no dia 13 de dezembro de 2024, na Unimed Recife. O procedimento busca apurar possíveis infrações ao Código de Ética Médica e será conduzido sob sigilo, a fim de preservar a integridade das investigações.

A vice-presidente do Cremepe, Claudia Beatriz Andrade, esclareceu à TV Globo como o processo de apuração será conduzido. "Na primeira fase, realiza-se a sindicância. Após apurar esse primeiro momento e observar qualquer tipo de suposta infração ao Código de Ética Médica, por um, dois ou até três profissionais, ou nenhum, segue-se então para o segundo momento, que é o processo ético-profissional", explicou.

Durante a segunda fase, pessoas envolvidas no caso podem ser convocadas para prestar esclarecimentos adicionais. Uma câmara de julgamento composta por pelo menos 12 membros avaliará as informações para determinar se houve infração e, caso confirmada, qual artigo do Código de Ética Médica foi violado.

Segundo Claudia Beatriz, o processo ético-profissional pode resultar em medidas disciplinares que variam conforme a gravidade da infração. "São previstas medidas que podem ir desde advertências e suspensões até a cassação do registro profissional", detalhou.

O caso de Bruna Brito gerou comoção e levantou questionamentos sobre o atendimento médico na unidade de saúde. O Cremepe reafirmou que acompanha atentamente os desdobramentos e que todos os profissionais citados no caso terão direito ao devido processo legal e à ampla defesa.

Enquanto isso, familiares e a sociedade aguardam respostas que possam esclarecer o ocorrido e garantir que situações semelhantes sejam prevenidas no futuro.

O caso - De acordo com os pais de Bruna Brito, a criança morreu no hospital após dar entrada com sintomas de amigdalite e passar por uma série de procedimentos, incluindo exames de tomografia e intubação.   

A mãe da menina, a empresária Gabriela Brito, afirma ter ouvido um barulho vindo do quarto onde a criança estava e acredita que a filha dela tenha sido derrubada do leito pela equipe médica. 

Após isso, uma enfermeira teria saído com a roupa cheia de sangue afirmando que Bruna havia se extubado, ou seja, teria retirado sozinha o tubo colocado pela equipe médica. Os pais da criança não acreditaram na versão relatada. 

Além disso, horas antes, a criança teria recebido muito sedativo para realizar um exame.    

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