O ex-policial militar Ronnie
Lessa, o autor dos disparos naquela noite de 14 de março de 2018, recebeu a
pena de 78 anos e 9 meses de prisão.
O também ex-PM Élcio
Queiroz, que dirigiu o Cobalt usado no atentado, foi condenado a 59 anos e
8 meses de prisão. O Ministério Público, que queria 84 anos de prisão
para os dois, afirmou que vai recorrer.
"A Justiça por vezes é
lenta, é cega, é burra, é injusta, é errada, é torta, mas ela chega. A Justiça
chega para aqueles que como os acusados acham que jamais serão atingidos pela
Justiça", disse a juíza Lúcia Glioche na leitura da setença
Diante do anúncio das
sentenças, famílias devastadas pelas perdas caíram em lágrimas no tribunal.
Os pais (Marinete e Antônio), a irmã (Anielle Franco) e a filha de Marielle
(Luyara), e as viúvas dela (Mônica Benício) e de Anderson (Ágatha Reis) se
abraçaram e aplaudiram, muito emocionados.
Além da prisão, Lessa e
Élcio terão que pagar:
uma pensão, até os 24
anos, para o filho de Anderson, Arthur
R$ 706 mil de indenização
por dano moral para cada uma das vítimas — Arthur, Ághata, Luyara, Mônica
e Fernanda Chaves. As indenizações somam R$ 3.530.000 para os dois
dividirem
custas do processo, sendo
mantida a prisão preventiva deles, negando o direito de recorrer em liberdade.
Apesar das penas, Lessa e Élcio devem
sair bem antes da cadeia. Os dois assinaram um acordo de delação premiada,
que levou ao avanço das investigações – principalmente em relação aos mandantes.
No acordo, está previsto,
entre outras coisas, que:
Élcio Queiroz ficará
preso, no máximo, por 12 anos em regime fechado;
Ronnie Lessa ficará
preso por, no máximo, 18 anos em regime fechado – e mais 2 anos
em regime semiaberto.
Esses prazos começam a contar na data em que foram presos, em 12 de março de 2019 – um ano após o crime. Ou seja, 5 anos e 7 meses serão descontados das penas máximas.
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