quarta-feira, 30 de agosto de 2023

CNM lança manifesto pela aprovação de pautas para crise dos municípios

                  A Confederação Nacional de Municípios (CNM) lançou um manifesto pela aprovação de pautas no Congresso Nacional para o enfrentamento de crise dos municípios. Em nota, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, afirma que as cidades, hoje, estão vivendo uma crise estrutural, tendo 51% dos municípios brasileiros "no vermelho". "No mesmo período do ano passado, apenas 7% registraram déficit primário no período", diz.

Nesta quarta-feira (30/08), diversas cidades protestam contra a perda de arrecadação proveniente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que estaria sendo afetado por decisões tomadas pelo Governo Federal e pelo Congresso Nacional, como a elevação na faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) e com o aumento das despesas em custeio e pessoal, provenientes de uma série de reajustes aprovados neste ano. 

"A cada dia, Brasília cria novas atribuições sem a fonte para o custeio. Não há mais condições de governabilidade. Esse cenário motivou prefeituras de ao menos 16 Estados a promoverem protestos nesta quarta-feira, 30 de agosto", informou a CNM em nota.  

"O FPM, principal receita de quase sete em cada dez municípios, apresentou em 2023 mais decêndios [período de tempo que corresponde a dez dias] menores do que os mesmos períodos em 2022. No dia 10 de julho deste ano, houve uma queda brusca de 34,49% no repasse. Em agosto, a queda foi de 23,56%. Outra importante receita, a cota-parte do ICMS, afetada pela Lei Complementar 194/2022, recuou 4,5%", completa. 

A confederação também afirma que os municípios vêm sofrendo atrasos no pagamento de emendas parlamentares. "A queda em emendas de custeio no primeiro semestre de 2023 em comparação a 2022 foi de quase 73%, passando de R$ 10,43 bilhões para R$ 2,80 bilhões", diz a nota. 

Ziulkoski também destaca que o cenário pode ser agravado com algumas decisões recentes, como a atualização do salário mínimo e a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que torna obrigatória a oferta de vagas em creches, "com impacto de mais de R$ 100 bilhões aos municípios". Do DP/foto: Jefferson Rudy/Agência Senado 

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