Além dos três, também serão
ouvidos os advogados Fabio Wajngarten e Frederick Wassef, o pai de Cid, Mauro
César Lourena Cid; e os assessores Osmar Crivellati e Marcelo Câmara. A oitiva
será a partir das 11h. Cada depoimento, que vai ocorrer ao mesmo tempo, será
acompanhado por um delegado separadamente.
Cid está preso há três
meses no Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília, investigado em diversos
casos que envolvem o nome do ex-presidente — como as joias sauditas,
falsificação dos cartões de vacinação e o plano golpista para anular o
resultado das eleições de 2022.
No depoimento desta quinta,
a PF deve questionar Bolsonaro sobre a suposta participação dele na
negociação de venda ilegal das joias. A suspeita da PF é que as operações
funcionavam por determinação de Jair Bolsonaro e que teriam rendido R$ 1
milhão. A corporação afirma que os itens valiosos foram levados aos Estados
Unidos no mesmo avião em que Bolsonaro viajou em dezembro do ano passado. Os
bens deveriam ter sido incorporados ao patrimônio público.
Com o apoio dos Estados
Unidos, a PF brasileira pretende ter acesso às contas bancárias do
ex-presidente, de Mauro Cid e do general Mauro Loureira Cid, mantidas no país
norte-americano. A polícia também busca o rastreamento das joalheiras
envolvidas na venda das peças, principalmente do relógio que teria sido
“resgatado” por Wassef.
O acessório, de platina cravejado de diamantes, foi entregue por sauditas a Bolsonaro durante uma viagem oficial, em 2019. O objeto foi levado para os Estados Unidos e, segundo a PF, em junho do ano passado, foi vendido por mais de U 68 mil, cerca de R$ 346 mil. É nesta parte da história que entra Frederick Wassef. Ele teria ido aos EUA para recomprar o relógio, que estava exposto em uma joalheria de Miami, para entregar ao Tribunal de Contas da União (TCU). Do Correio Braziliense
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