“A nossa posição será muito
firme no sentido de dizer que não há qualquer nível de concordância com a
possibilidade de o trecho que vai até Suape não fazer parte dessa estratégia.
Porque é menor, porque tem uma área construída maior, porque o custo é menor e
por que do ponto de vista de incentivo ao desenvolvimento do nordeste, o Porto
de Suape tem condição de ser um instrumento muito maior do que o porto do
Ceará. Então o nosso compromisso aqui na conversa que assumimos com a
governadora é cerrarmos fileiras contra essa ideia de privilegiar o roteiro que
vai até o porto do Pecém em detrimento do roteiro que vai até Suape”, declarou
o senador Humberto Costa à imprensa que estava no local. O petista aproveitou a
oportunidade para alfinetar deputados que, segundo ele, vêm criticando o
presidente sobre a condução deste assunto.
A situação em que o projeto
se encontra hoje é herança da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Originalmente, a ferrovia ligaria o município de Eliseu Martins, no interior do
Piauí, aos portos de Pecém, no Ceará, e de Suape (PE), tendo este último sido
excluído. Um aditivo assinado entre a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) só permite que uma nova
concessionária execute esse trecho quando a obra, modificada, estiver concluída
em 2029.
A informação foi repassada à
governadora Raquel Lyra durante uma reunião com o ministro da Integração e do
Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, que defende a execução do plano
original, ainda sem explicar de que forma. No encontro, na última terça-feira (7),
também estiveram presentes os governadores Elmano de Freitas (PT) e Rafael
Fonteneles (PT), do Ceará e do Piauí, respectivamente.
"A nossa perspectiva é
muito mais ampla. Em Suape não é só Pernambuco que é beneficiado. Eu acho que
esse é um argumento muito forte sobretudo pra a gênese dessa obra, quando Lula
pensou, de ser uma obra realmente estruturadora para o nordeste", defendeu
a senadora Teresa Leitão.
“Nessa conversa que nós
pretendemos ter com o chefe da casa civil nós vamos abordar esse tema também.
Tivemos também informação de que o ministro dos transportes, que é o
responsável pela área, não participou dessa discussão. Então, quer dizer, é
algo que parece que não teve uma ação coordenada com o conjunto do
governo. E se for necessário, em um espaço de tempo mais curto, nós podemos ir
ao presidente Lula, que eu tenho absoluta convicção de que ele jamais permitirá
que nós tenhamos uma obra com esse caráter estruturador beneficiando apenas um
ou dois estados", garantiu Costa.
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