sábado, 25 de fevereiro de 2023

Raquel Lyra é cobrada por atrasar salário dos terceirizados

                  O vereador do Recife Rinaldo Júnior (PSB) usou as redes sociais e divulgou nota de repúdio para denunciar que o Governo do Estado ainda não pagou o salário do mês de dezembro a cerca de 20 mil trabalhadores terceirizados, lotados em sua maioria nas Secretarias de Saúde e de Educação. O parlamentar é do mesmo partido que na Assembleia Legislativa decidiu ser oposição ao Executivo estadual, mesmo sem conseguir unanimidade entre os 13 deputados.

"São quase dois meses de atraso no pagamento do salário de merendeiras, auxiliares de serviços gerais nas escolas, maqueiros dos hospitais do Estado e outros profissionais do Grande Recife. Todos estão sendo privados de levar o pão de cada dia para casa, além de pagar suas contas, seus aluguéis. Foram privados até de aproveitar o Carnaval. Faltam dignidade e empatia", responsabiliza Rinaldo Júnior, que assina a nota na condição de vereador e presidente da Força Sindical em Pernambuco. 

Segundo o parlamentar, a situação já é de conhecimento do Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho, mas até agora nada foi resolvido. "Na última quinta-feira tivemos reunião. A Secretaria de Saúde admitiu o atraso, prometeu pagar no dia 20, mas o pagamento ainda não saiu. Já passou dos limites", relata Rinaldo Júnior, lembrando que fevereiro só tem mais três dias úteis e os funcionários estão ainda sem o salário de dezembro. A folha é paga no mês seguinte.

"O Estado não repassou os recursos às empresas, mas o trabalhador não pode ser penalizado. Isso tem de ser resolvido logo", cobra o vereador, acrescentando que, segundo alguns empresários, as ordens de serviço foram encaminhadas ao Executivo e não havia quem as assinasse. "Não é falta de dinheiro. É muito pior. É falta de gestão", atesta Rinaldo Júnior.

Ele desconfia que a situação ainda seja decorrente do primeiro decreto assinado pela governadora, exonerando todos cargos de confiança e comissionados.

Para ontem a Força Sindical havia programado um protesto em frente ao Ministério Público do Trabalho. De acordo com o presidente, a manifestação acabou não acontecendo porque a adesão foi baixa. "Além de não receber salário, o trabalhador é coagido pelos chefes a não fazerem manifestação. Apesar de estarem a mais de um mês tendo que arrumar até dinheiro pra passagem, eles têm medo de perder o emprego", contextualiza Rinaldo Júnior.

Procurado, o Governo do Estado não respondeu aos ataques. Não explicou por que os salários não foram pagos. Nem anunciou qualquer medida para os próximos dias. Da Folhape

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