Os vídeos estão em poder da
Polícia Federal (PF) para auxiliar na investigação dos fatos e na
identificação dos vândalos.
Eles captaram os momentos
que antecederam a depredação do Supremo e mostram a ação dos agentes da
Polícia Judiciária para tentar conter os manifestantes, que tentaram entrar
simultaneamente pela frente e pelo lado do edifício-sede.
Também é possível ver o
recuo da tropa após a invasão e o momento da retomada da situação, que contou
com ajuda de policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Policia
Militar do Distrito Federal e do Comando de Operações Táticas (COT), grupo de
elite da PF.
Um dos vídeos que fazem
parte da investigação mostra que policiais não conseguiram impedir que
golpistas chagassem ao Supremo. Uma barreira de proteção e um veiculo blindado
(caveirão) foram utilizados pela PM, mas os golpistas conseguiram romper a
barreira e ir em direção ao STF.
Ao chegarem ao Supremo, os
manifestantes foram recebidos com bombas de efeito moral, granadas de fumaça e
tiros de borracha. Contudo, homens da Polícia Judiciária também não conseguiram
conter os golpistas e decidiram recuar para tentar proteger outras instalações
da Corte, como os anexos 1 e 2, onde estão localizados os setores
administrativos e os gabinetes dos ministros. A estratégia foi impedir que os
golpistas acessassem o subsolo do prédio. No local, oito golpistas foram presos
pelas equipes do STF.
Vídeo feito por uma câmera
instalada na roupa de um dos seguranças durante a ação mostra a visão dos
agentes. É possível ouvir os tiros de festim, o barulho das bombas de efeito
moral e os gritos de ordem dos golpistas.
Outras imagens mostram o
momento do furto de uma réplica da Constituição e da toga de um dos
ministros.
Além disso, as mesmas fontes
informaram que as guarnições da Polícia Militar que tentavam combater os
manifestantes estavam sem equipamentos adequados, como capacetes e granadas,
objetos que foram emprestados pela polícia do STF. Nenhum policial da Corte ficou
ferido.
Os mesmos investigadores apontam que a liberação da Esplanada dos Ministérios pelo governo do Distrito Federal foi decisiva para invasão do prédio. Um documento assinado por STF, PF, PRF, Detran e Câmara dos Deputados previa o fechamento da avenida no caso da presença de manifestantes no local.
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