quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Arcoverde: Projeto de lei pelo fim da violência contra a mulher leva nome de vítima de feminicídio

                   Durante a última sessão ordinária da Câmara Municipal de Arcoverde, a vereadora Zirleide Monteiro (PTB) apresentou um projeto que institui o Dia Municipal pelo Fim da Violência Contra a Mulher, a ser celebrado todo dia 04 de fevereiro. A data é a mesma de quando foi registrado um dos primeiros feminicídios de repercussão em Arcoverde e que até hoje o autor nunca foi punido. A lei, se aprovada, leva o nome de Ednalva Leite de Souza.

“Foi pensando na luta das mulheres pela vida, no combate ao feminicídio que a cada dia faz novas vítimas, que apresentamos o projeto de lei que cria o Dia Municipal pelo Fim da Violência Contra a Mulher – Lei Ednalva Leite de Souza, para despertar ainda mais a sociedade para esse problema que, muitas vezes, está ao nosso lado, na casa vizinha ou dentro de nossas próprias residências”, afirmou a vereadora que relembrou a história da mulher que vai dar nome a lei.

Ednalva era uma mulher à frente de seu tempo, formada em Matemática e foi brutalmente assassinada aos 25 anos com 21 facadas pelo seu próprio marido, no dia 04 de fevereiro de 1990. Ela foi assassinada porque não queria mais ficar com o seu marido devido a uma série de violências que já vinha sofrendo, antes mesmo de chegar ao primeiro ano de casada.

Segundo relato da vereadora na justificativa do projeto, Ednalva Leite de Souza foi morta quando já estava morado com sua mãe, após aceitar ir se encontrar com seu marido que pediu para conversar com ela para se desculpar e foi nesse dia que sucedeu-se a brutalidade, na cidade de Arcoverde, provocando uma série de protestos. O acusado fugiu para outro País, retornou ao Brasil, foi morar em outro estado e hoje, 32 anos depois, o crime prescreveu sem que tenha ficado preso, um dia sequer, por esse assassinato.

O projeto de leu foi enviado para as comissões temática da Casa James Pacheco e deve ir à plenário nos próximos 15 dias. Aprovado, ele prevê que todo dia 04 de fevereiro, serão realizadas ações e atos para refletir, debater e mobilizar a sociedade para o enfrentamento violência contra a mulher, reprimir a violência e lutar pelo direito à vida, à dignidade e à cidadania das mulheres.

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