“Queridos filhos e filhas da
Diocese do Crato, romeiros de todo Brasil, é com grande alegria que eu vos
comunico nesta manhã histórica que recebemos oficialmente da Santa Sé, por
determinação do santo padre, o papa Francisco, uma carta do dicastério para a
causa dos santos, datada do dia 24 de junho de 2022. Recebemos a autorização
para a abertura do processo de beatificação do padre Cícero Romão Batista que,
a partir de agora, receberá o título de servo de Deus”, disse Dom Magno
Henrique Lopes durante a celebração.
Em 2015, o Vaticano atendeu ao pedido do bispo Dom Fernando Panico e
reconciliou o padre Cícero Romão Batista com a igreja católica. Com a
reconciliação, não havia mais impeditivos para a abertura do processo de
beatificação do “santo popular”.
O pedido para a autorização
da beatificação de padre Cícero foi solicitado por Dom Magno Henrique Lopes ,
através de uma carta entregue ao papa Francisco durante a visita ao Vaticano,
em maio deste ano.
“Recorremos a vossa
solicitude de pastor universal da santa igreja para pedir especial clemência
para com este sacerdote católico, amado, exonerado. Esperamos que Vossa
Santidade, na hora oportuna, examine, com o coração de pai e como sucessor de
Pedro, este pedido ora formulado, cuja resposta é um anseio nosso e dos milhões
de devotos do padre Cícero”, diz um trecho da carta entregue por Dom Magno ao
papa Francisco.
O trecho foi lido pelo bispo
da diocese do Crato durante o anúncio da autorização do processo de
beatificação de padre Cícero. A notícia foi recebida com salva de palmas e
fogos por centenas de fiéis que estavam no local.
Padre Cícero morreu em 1934
rompido com o Vaticano por envolvimento com a política e pelo polêmico “milagre
da hóstia”. Segundo a crença popular, uma hóstia dada pelo padre virou sangue
na boca de uma beata. Para os devotos de padre Cícero, trata-se de um milagre,
mas a igreja Católica considerou o caso uma interpretação equivocada. Por conta
dos “equívocos”, ele foi afastado da igreja católica.
Para concluir a beatificação, o Vaticano faz inicialmente um levantamento da biografia do candidato para verificar se há algum fator na biografia que possa impedir o processo. Se nada for encontrado, a igreja emite o Nihil Obstat (nenhum impeditivo), um documento formal, redigido em latim e dirigido ao bispo indicando que o pode haver continuidade do processo.
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