O
presidente estadual do PT de Pernambuco, Bruno Ribeiro, divulgou uma nota,
nesta terça-feira (19), direcionada ao presidente estadual do PSB, Sileno
Guedes, na qual critica o posicionamento do dirigente socialista.
No
texto, Ribeiro diz que “como presidente do PT comento as contradições do
referido dirigente e respondo às agressões ao partido ao qual, com muito
orgulho, sou filiado”.
Os
desentendimentos entre os dois lados começaram na última semana, quando a
Frente Brasil Popular cobrou um posicionamento do governador Paulo Câmara (PSB)
contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), votado na Câmara
Federal, no último domingo (17). O texto provocou um revide no PSB.
Confira,
abaixo, a íntegra da nota:
NOTA
DO PT/PE - O PSB E OS VOTOS DO GOLPE
Na sexta feira passada, a Frente
Brasil Popular dirigiu um respeitoso documento ao Governador Paulo Câmara. Não
ao PSB, mas ao governador de todos os pernambucanos. Democraticamente, defendeu
as suas posições, apresentou os seus pleitos legítimos. Do governador recebeu o
silêncio. Para a surpresa geral, veio uma resposta agressiva do Presidente do
PSB, Sileno Guedes, atacando a Frente e o PT. A Frente dará a sua resposta. Mas
como presidente do PT comento as contradições do referido dirigente e respondo
às agressões ao partido ao qual, com muito orgulho, sou filiado.
Inicialmente, ele atacou com
deselegância para tentar dissimular a sua falta de justificativa por apoiar um
golpe fraudulento contra uma Presidenta legitimamente eleita. E o fez pelo
desconforto diante do registro, feito na carta aberta, de que Dr. Miguel Arraes
teve uma atitude digna ao ser deposto no golpe de 64 e que foi alvo de uma
ofensiva e de uma deposição semelhante à que se tenta atualmente.
Para isso, remexeu em um episódio
isolado surgido no calor de uma greve, como se fosse possível disfarçar que, no
golpe e no governo, o PSB, na gestão do presidente Sileno Guedes, está ao lado
da dupla Jarbas/Mendonça que produziu, com estardalhaço, uma longa série com as
maiores, mais duras e mais injustas ofensas à honra do Dr. Miguel Arraes e à do
próprio ex-governador Eduardo Campos, após a emissão dos títulos públicos dos
precatórios ou quando foi indicada e ao fim nomeada, com o apoio de Lula e do
PT, a atual ministra pernambucana do Tribunal de Contas da União. Nem na
ditadura o ex-governador foi tão ofendido e, ao que se saiba, o presidente
Sileno Guedes nunca manifestou de público algum incômodo com essas ofensas e
com a parceria com lideranças da direita historicamente hostis ao PSB e aos
seus líderes.
Sobre a farsa do impeachment e nas
suas agressões gratuitas, a nota prosseguiu afirmando que o “governo se exaure,
contaminado por denúncias”. Deveria ter mais cautela, prudência e respeito,
aguardando o curso das investigações, das acusações e das defesas.
