quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Pernambuco já tem 268 notificações de microcefalia e vírus da zika pode ser a causa




        Desde
que o procedimento tornou-se obrigatório, em 27 de outubro, já houve 268
notificações de microcefalia em Pernambuco. A maior parte dos casos (21,6%) foi
registrada no Recife, segundo informações divulgadas na tarde desta terça-feira
(17), pela Secretaria Estadual de Saúde. A maioria dos bebês também nasceu na
capital (51,9%).





O
boletim epidemiológico foi apresentado pela secretária executiva de Vigilância
em Saúde, Luciana Albuquerque. Ela informou que o Estado já definiu as unidades
de referência para o atendimento dos bebês e das e das mães - são o Hospital
Oswaldo Cruz, Imip, Cisam (maternidade da Encruzilhada) e AACD. "Pelos
parâmetros da Organização Mundial de Saúde só é considerado com microcefalia os
bebês com perímetro cefálico de 32 centímetros abaixo, mas aumentamos essa
margem para 33 porque encontramos problemas na tomografia de alguns com essa
medida", explica Luciana.





O Brasil
já registra 399 casos notificados de recém-nascidos com microcefalia - má-formação
do cérebro que pode levar a problemas graves no desenvolvimento da criança. Os
dados foram divulgados nesta terça-feira (17) pelo Ministério da Saúde. Ao
todo, os casos já abrangem sete Estados: Pernambuco, Sergipe, Rio Grande do
Norte, Paraíba, Piauí, Ceará e Bahia.





Segundo
o diretor do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, é "altamente
provável" que o aumento inesperado de casos tenha relação com uma possível
infecção das gestantes pelo vírus da zika, uma nova doença identificada no país
neste ano e transmitida pelo mesmo vetor da dengue, o Aedes aegypti.














A
relação ocorre após resultados de exames em gestantes da Paraíba cujos bebês
foram diagnosticados com microcefalia ainda na gestação. Tal avaliação, feita
por meio da coleta de amostras do líquido amniótico, apontou a presença do
genoma do vírus zika nas amostras.

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