Gilson Machado será o primeiro pernambucano a ser ministro do governo Bolsonaro

               Após a sua nomeação como ministro do Turismo, o pernambucano Gilson Machado comemorou nas redes sociais, agradecendo a confiança do presidente Jair Bolsonaro e afirmando a sua lealdade com o presidente e com o país. Na mesma postagem, o novo ministro se posicionou contra o isolamento social e o fechamento das atividades, apesar da Pandemia de Covid-19 não estar diminuindo seus números. 

''Passado um período de sobrevivência, não teremos apenas uma recuperação econômica, teremos a maior recuperação econômica no nosso turismo. Para isso, faço este apelo: não podemos fechar o trade novamente'', destaca na mesma postagem.

Na madrugada da quinta (10), o presidente Jair Bolsonaro nomeou como novo ministro de Turismo o deputado federal Gilson Machado, do Partido da Frente Liberal de Pernambuco. Machado é o primeiro pernambucano a ser nomeado ministro no governo Bolsonaro e assumirá o lugar de Marcelo Álvaro Antônio no Ministério do Turismo. Esta foi a 15ª troca dos ministros do governo Bolsonaro em menos de dois anos. 

Natural de Recife, Gilson é o atual presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo, sua vaga poderá ser ocupada por Carlos Alberto Gomes de Brito quando ele assumir o ministério. Antes disso, era secretário nacional de Ecoturismo e Cidadania Ambiental no Ministério do Meio Ambiente. Machado também é músico, veterinário e empresário. Sua presença nas redes sociais é marcada por seu trabalho como cantor, sanfoneiro e compositor da banda Brucelose. Gilson já apareceu diversas vezes nas lives do presidente tocando sanfona no Palácio da Alvorada.

Apesar de ser o único pernambucano do governo Bolsonaro, Machado não foi o primeiro a assumir um ministério. Antes dele, 20 outros pernambucanos alcançaram essa posição. Na década de 30 o Ex-governador Agamenon Magalhães foi ministro da Justiça e Trabalho, no mandato de Vargas. Em 1985, os pernambucanos Marco Maciel e Fernando Lyra assumiram os ministérios da Educação e da Justiça, respectivamente.

Outros nomes como Marcos Freire (Reforma Agrária, 1987), Gustavo Krause (Fazenda, 1992 e Meio Ambiente e Recursos Hídricos, 1995), Raul Jungmann (Desenvolvimento Agrário, 1999) e até mesmo o ex-governador Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia, 2004) já assumiram um ministério. 

No governo Dilma, Armando Monteiro assumiu o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O governo Temer chegou a nomear outros quatro pernambucanos para as cadeiras de ministros.  Mendonça Filho, Raul Jungmann, Bruno Araújo e Fernando Bezerra Filho ocuparam os Ministérios de Educação, Defesa, Cidades e o de Minas e Energia, respectivamente.

Dos 32 ministros nomeados pelo Presidente em seu governo, apenas três são da região nordeste: o ministro de Comunicações, Fábio Faria (RN), o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (RN) e agora, Gilson Machado, representando o estado de Pernambuco.