quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Bolsonaro assume presidência dizendo que vai livrar o Brasil do ‘socialismo’ que nunca teve


          O presidente Jair Bolsonaro prometeu nesta terça-feira (1º), ao discursar no parlatório do Palácio do Planalto após receber a faixa presidencial do agora ex-presidente Michel Temer, "tirar o peso do governo sobre quem trabalha e produz" e "restabelecer a ordem" no país.

Depois de garantir que o governo dele implementará as reformas necessárias para o Brasil avançar, Bolsonaro em tom messiânico afirmou que agora tem o desafio de "enfrentar os efeitos da crise econômica", o "desemprego recorde", a "ideologização" das crianças, o "desvirtuamento dos direitos humanos" e a "desconstrução da família".

"Vamos propor e implementar as reformas necessárias. Vamos ampliar infraestrutura, desburocratizar, simplificar, tirar a desconfiança e o peso do governo sobre quem trabalha e quem produz", discursou o novo presidente aos apoiadores que lotavam a Praça dos Três Poderes para acompanhar o pronunciamento. Segundo dados do Gabinete Institucional da Presidência, cerca de 115 mil pessoas acompanharam a posse na Esplanada. Em 2003, na posse de Lula, a PM registrou mais de 150 mil pessoas.

Ao longo do discurso de oito minutos, Bolsonaro também afirmou que, com a posse dele, o Brasil "começou a se livrar do socialismo", apesar do Brasil ser puramente capitalista e não ter nem na Constituição e em nenhum outro poder a institucionalização do socialismo. Disse ainda que é "urgente acabar com a ideologia que defende bandidos e criminaliza policiais".

O presidente ressaltou que o governo dele pretende priorizar a educação básica, que ele classificou como uma das formas de reduzir a desigualdade social, e voltou a dizer que a relação do Brasil com outros países não se guiará pelo viés ideológico. Apesar de discursar contra o viés ideológico, no período de transição, Bolsonaro pediu ao Itamaraty para desconvidar os representantes de Cuba e da Venezuela para a cerimônia de posse.

Antes de Bolsonaro discursar no parlatório, a primeira-dama Michelle transmitiu uma mensagem por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras) à população. A mulher de Bolsonaro é intérprete de Libras e atua em atividades sociais com pessoas com deficiência.

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