
O
governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), tomou posse na tarde desta
terça-feira (1º), de seu segundo mandato à frente do Estado, em cerimônia realizada
na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Câmara estava acompanhado de sua
vice-governadora, Luciana Santos (PCdoB).
No
primeiro ato, Câmara vai dar posse aos secretários amanhã para começar a
unificação das ações em todas as secretarias em “favor da sociedade” como
frisou no discurso. Pregou que “a população tenha os serviços entregues e de
melhor qualidade", algo que faltou enormemente em seu primeiro mandato,
aonde cumpriu menos de 40% das promessas feitas.
Os
nomes dos presidentes de empresas estatais ou o chamado segundo escalão do mandato
serão definidos ainda, segundo o governador, nos próximos dias.
Em
relação ao governo federal, cuja posse do presidente eleito Jair Bolsonaro
também foi na tarde desta terça-feira, Paulo Câmara afirma que respeita, mas
vai cobrar projetos.
Questionado
sobre as denuncias de policiais civis sobre perseguição política contra o
presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), Áureo
Cisneiros, o governador afirmou tratar-se de uma questão para ser resolvida
pela Secretária de Defesa Social (SDS). Ao ser questionado sobre o fim da
Delegacia de Polícia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos
(Decasp), Paulo afirma que o tema está no passado. "Vocês estão voltando
ao tema que não faz parte do cotidiano. Não cabe esse debate, isso já
passou."
Para
2019, o lema será geração de empregos e melhoria das condições dos serviços
públicos estaduais e pregou o desmonte dos palanques. “É urgente desmontar os
palanques, desarmar os espíritos, buscar o mínimo de convergências que nos
permitam preservar as conquistas democráticas e avançar. O processo eleitoral
que nos elegeu para o Poder Executivo e elegeu os parlamentares para o Poder
Legislativo é o mesmo que elegeu o presidente da República”, afirmou o
governador.
No
discurso, Câmara lembrou a história de lutas de Pernambuco, que se contrapôs ao
poder central, quando necessário, e disse que apoiará as decisões que
beneficiem o estado, mas refutou a possível privatização da companhia de
energia Chesf. “A submissão, em qualquer tempo, de qualquer natureza, por
qualquer motivo, é incompatível com o espírito libertário dos pernambucanos”,
disse.
Ao
final do discurso, Câmara voltou a insistir na pacificação política do país,
como forma de alcançar avanços econômicos e sociais. “Precisamos de paz, porém
não a paz do silêncio imposto pela força. Queremos a paz viva, do debate, do
contraditório, da liberdade de opinião. A paz da democracia. Precisamos de paz
para trabalhar, vencer a miséria, a violência e o desemprego, para ajudar
milhões de jovens a encontrar um futuro melhor e mais proveitoso”, concluiu.
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