sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Nomes cotados por Bolsonaro para o Meio Ambiente são ligados a frente da agropecuária


            A recém-escolhida ministra da Agricultura do próximo governo, deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS), começou a dar as cartas no período de transição. Com apenas um dia como futura titular da pasta, pediu celeridade para a escolha do ministro das Relações Exteriores e, nos bastidores, estabeleceu-se como o elo entre o futuro ministro do Meio Ambiente e o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Todos os três nomes cotados para a pasta são ligados à também presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). São eles: o agrônomo Xico Graziano, o deputado federal Evandro Gussi (PV-SP) e o chefe da Embrapa Territorial, Evaristo de Miranda.

O deputado federal Evandro Gussi conta que a última em vez que esteve com o então colega de plenário Jair Bolsonaro foi antes da eleição, acompanhado da FPA, no Rio de Janeiro. Gussi defende uma maior racionalidade no processo de licenciamento ambiental e de fiscalização para, dessa maneira, “punir o descumpridor da lei, mas respeitar quem produz.

Também citado entre os possíveis ocupantes do ministério, Xico Graziano é engenheiro agrônomo e técnico na área. Chegou a ser secretário de Meio Ambiente de São Paulo entre 2007 e 2010. Também atuou no Congresso Nacional, como deputado federal, em duas legislaturas, pelo PSDB. No entanto, recentemente se afastou do ninho tucano para apoiar a candidatura de Jair Bolsonaro.

Procurado pela reportagem, Evaristo de Miranda preferiu não conceder entrevista. Segundo a assessoria de imprensa, o mais provável candidato à vaga está em viagem dentro do Brasil, mas a equipe não conseguiu precisar a localidade. É o mais técnico, entre os nomes cogitados, e especialista nas áreas da agronomia e do meio ambiente. Hoje, atua como chefe da Embrapa Territorial. Miranda é ligado ao agronegócio e se reuniu recentemente com o presidente eleito Bolsonaro. Sérgio Moro, Paulo Guedes e Onyx Lorenzoni também se encontraram com o possível novo ministro.

Qualquer que seja o próximo titular do Meio Ambiente, Tereza Cristina afirmou que o novo ministro manterá a posição defendida pelo presidente eleito. Ele terá de se posicionar contra a chamada “indústria da multa” e ser favorável a acabar com o “viés ideológico” presente na pasta, explica a futura ministra da Agricultura. “Não só eu, mas todos os produtores brasileiros esperam um quadro técnico responsável”, afirmou.

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