A
recém-escolhida ministra da Agricultura do próximo governo, deputada federal
Tereza Cristina (DEM-MS), começou a dar as cartas no período de transição. Com
apenas um dia como futura titular da pasta, pediu celeridade para a escolha do
ministro das Relações Exteriores e, nos bastidores, estabeleceu-se como o elo
entre o futuro ministro do Meio Ambiente e o presidente eleito Jair Bolsonaro
(PSL).
Todos
os três nomes cotados para a pasta são ligados à também presidente da Frente
Parlamentar da Agropecuária (FPA). São eles: o agrônomo Xico Graziano, o
deputado federal Evandro Gussi (PV-SP) e o chefe da Embrapa Territorial,
Evaristo de Miranda.
O
deputado federal Evandro Gussi conta que a última em vez que esteve com o então
colega de plenário Jair Bolsonaro foi antes da eleição, acompanhado da FPA, no
Rio de Janeiro. Gussi defende uma maior racionalidade no processo de
licenciamento ambiental e de fiscalização para, dessa maneira, “punir o
descumpridor da lei, mas respeitar quem produz.
Também
citado entre os possíveis ocupantes do ministério, Xico Graziano é engenheiro
agrônomo e técnico na área. Chegou a ser secretário de Meio Ambiente de São Paulo
entre 2007 e 2010. Também atuou no Congresso Nacional, como deputado federal,
em duas legislaturas, pelo PSDB. No entanto, recentemente se afastou do ninho
tucano para apoiar a candidatura de Jair Bolsonaro.
Procurado
pela reportagem, Evaristo de Miranda preferiu não conceder entrevista. Segundo
a assessoria de imprensa, o mais provável candidato à vaga está em viagem
dentro do Brasil, mas a equipe não conseguiu precisar a localidade. É o mais técnico,
entre os nomes cogitados, e especialista nas áreas da agronomia e do meio
ambiente. Hoje, atua como chefe da Embrapa Territorial. Miranda é ligado ao
agronegócio e se reuniu recentemente com o presidente eleito Bolsonaro. Sérgio
Moro, Paulo Guedes e Onyx Lorenzoni também se encontraram com o possível novo
ministro.
Qualquer
que seja o próximo titular do Meio Ambiente, Tereza Cristina afirmou que o novo
ministro manterá a posição defendida pelo presidente eleito. Ele terá de se
posicionar contra a chamada “indústria da multa” e ser favorável a acabar com o
“viés ideológico” presente na pasta, explica a futura ministra da Agricultura.
“Não só eu, mas todos os produtores brasileiros esperam um quadro técnico
responsável”, afirmou.
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