De acordo com informações do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e de dirigentes partidários, o número real de
dissidentes pode ser ainda maior, chegando a metade da bancada progressista. As
saídas refletem o desconforto de lideranças municipais que preferem manter
alinhamento com o grupo político do governador Ratinho Júnior (PSD), em vez de
embarcar no projeto político de Moro.
Dos 18 prefeitos que
deixaram o PP, 11 permanecem sem partido e sete migraram para o PSD. A
debandada, segundo interlocutores da legenda, foi motivada por divergências
locais e pelo receio de perder espaço em convênios e parcerias com o governo
estadual.
O secretário de Cidades do
Paraná, Guto Silva, negou qualquer tipo de pressão sobre os gestores. “Esses
prefeitos tinham uma vinculação muito forte com o governo e não queriam ser
entregues de bandeja a um projeto que não é deles. Antes, PP e União Brasil
estavam juntos com o governador. Não houve pressão — todos receberam recursos
do Estado”, afirmou.
Guto Silva, aliás, é um dos
nomes cotados para representar o PSD na sucessão de Ratinho Júnior, ao lado do
presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Alexandre Curi.
Apesar das turbulências, Moro
segue liderando as pesquisas de intenção de voto. Levantamento Genial/Quaest,
divulgado em 22 de agosto, mostra o ex-juiz com 38%, seguido por Paulo Eduardo
Martins (Novo), com 8%, Enio Verri (PT), com 7%, e Guto Silva (PSD), com 6%.
A fragmentação entre os
partidos que formam a federação pode representar o primeiro grande desafio
político de Moro desde o início da pré-campanha, revelando que, apesar da força
nas pesquisas, sua candidatura enfrenta resistência entre bases tradicionais do
interior paranaense.
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