Com isso, a folha de
pagamento chegará a aproximadamente R$ 1,25 milhão por mês, o que representa
quase 50% do quadro geral de servidores do município. Somente com salários dos
cargos comissionados, o município terá um gasto anual estimado em R$ 3 milhões.
A sessão contou com a
presença de nove vereadores, dos quais oito votaram a favor do projeto. Apenas
a vereadora Isabelle Brito (PODE) manifestou voto contrário, alegando que a
medida fere dispositivos da Constituição Federal.
Segundo a parlamentar, “os
cargos comissionados devem destinar-se apenas a funções de direção, chefia ou
assessoramento. Este projeto, porém, cria cargos com atribuições técnicas e
operacionais que deveriam ser ocupadas por servidores concursados. Aprovar isso
é burlar a constituição e fraudar o concurso público”, alertou Brito em
vídeo publicado nas redes sociais.
Entre os parlamentares que
apoiaram a medida estão:
- Isac Aguiar (PSDB)
- Lalá do Povo (UNIÃO)
- Paulo Brito (PSDB)
- Chefe (UNIÃO)
- Amilton do Sindicato (PSDB)
- Andrea de Matinadas (PSDB)
- Til de Chã do Rocha (UNIÃO)
- Lucio Donato (UNIÃO)
Dois vereadores estiveram
ausentes na sessão: Neo de Dede Bitu (PODE) e Mucuri Marchante (PODE).
A criação dos 130 cargos
comissionados gerou preocupação entre especialistas em administração pública,
que alertam para o risco de sobrecarga da folha salarial e para a necessidade
de observância estrita aos limites constitucionais. Com a nova configuração, o
percentual de servidores comissionados em Orobó se aproxima de metade do total
de funcionários do município, o que levanta questionamentos sobre
transparência, meritocracia e eficiência administrativa.
A aprovação do projeto já
mobilizou discussões nas redes sociais e na imprensa regional, com cidadãos e
servidores debatendo os efeitos da medida para o funcionalismo público e para a
gestão de recursos municipais. A vereadora Isabelle Brito, única a se
posicionar contra, afirmou que seguirá acompanhando o desenrolar da
implementação e pretende buscar meios legais para contestar eventuais
irregularidades.
A Câmara de Vereadores e a Prefeitura de Orobó ainda não se pronunciaram oficialmente sobre possíveis ajustes na execução do projeto ou sobre as críticas relativas à legalidade da medida.
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