sexta-feira, 12 de setembro de 2025

PF deflagra Operação Cambota contra fraudes bilionárias em aposentadorias e pensões

              A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (12) a Operação Cambota, mais um desdobramento da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema de descontos associativos ilegais em aposentadorias e pensões em todo o país. De acordo com a corporação, estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão, autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em endereços nos estados de São Paulo e no Distrito Federal.

Entre os presos estão Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o "Careca do INSS", e o empresário Maurício Camisotti, suspeitos de envolvimento nas fraudes do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

As apurações miram crimes de impedimento ou embaraço de investigação de organização criminosa, dilapidação e ocultação de patrimônio e também a possível obstrução das investigações por parte de alguns dos envolvidos.

Em abril deste ano, a PF e a Controladoria-Geral da União (CGU) já haviam deflagrado a Operação Sem Desconto, que revelou um esquema de proporções bilionárias: entre 2019 e 2024, entidades investigadas teriam realizado descontos ilegais de cerca de R$ 6,3 bilhões diretamente nos benefícios de aposentados e pensionistas vinculados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Na primeira fase, foram afastados ao menos seis servidores públicos, cumpridos mais de 200 mandados judiciais e bloqueados bens avaliados em mais de R$ 1 bilhão.

O caso também é alvo da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso Nacional. Nesta quinta-feira (11), o colegiado aprovou cerca de 400 requerimentos, incluindo pedidos de informações e de quebra de sigilos bancário, fiscal e telemático de investigados.

Entre os alvos estão empresários como Antonio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, Maurício Camisoti e o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto. Na semana passada, a CPMI já havia aprovado pedidos de prisão preventiva contra eles e outros 18 investigados.

Segundo dados divulgados em agosto, cerca de 1,6 milhão de aposentados e pensionistas que sofreram descontos indevidos já foram ressarcidos em um total de R$ 1,084 bilhão pelo INSS. Os valores se referem a cobranças ilegais feitas entre março de 2020 e março de 2025. 

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