“Na segunda-feira,
determinamos ao dr. Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF, que abrisse um
inquérito policial para verificar a procedência dessa droga e a rede possível
de distribuição que, ao que tudo indica, transcende o limite de um único
estado”, afirmou Lewandowski.
Somente em setembro, São
Paulo registrou 10 casos de intoxicação por metanol, dos quais três resultaram
em morte. Se considerados os registros suspeitos desde agosto, o número sobe
para 17, de acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A média anual histórica no
Brasil é de cerca de 20 ocorrências, o que acende o alerta para a gravidade da
situação. Segundo Padilha, os casos atuais se diferem do padrão registrado em
anos anteriores, quando intoxicações estavam associadas a pessoas em situação
de rua que consumiam metanol vendido em postos de gasolina como bebida, ou em
episódios de tentativa de suicídio.
Agora, há suspeitas de que o
crime organizado esteja envolvido, utilizando bebidas alcoólicas adulteradas
distribuídas em bares, o que aumenta o risco à saúde pública.
O Governo Federal anunciou
uma série de medidas para enfrentar a crise:
Monitoramento do Ministério
da Saúde: a pasta acompanha os casos em São Paulo e orientou as
unidades de saúde, em especial de urgência e emergência, a notificar
imediatamente qualquer suspeita de intoxicação exógena.
Sistema de Alerta Rápido
(SAR): em reunião extraordinária realizada nesta segunda-feira
(29), o comitê técnico confirmou o décimo caso diretamente relacionado ao
consumo de bebidas adulteradas no estado.
Atuação da Senacon: a
Secretaria Nacional do Consumidor vai emitir alertas aos Procons de todo o país
com orientações a fornecedores e consumidores sobre segurança na
comercialização de bebidas alcoólicas.
Fiscalização agropecuária: o
Ministério da Agricultura e Pecuária já está levantando informações para
avaliar ações de fiscalização e rastreamento de possíveis irregularidades.
De acordo com Padilha, os
casos recentes “são atípicos e preocupantes, pois indicam uma rede de
distribuição organizada”. Ele destacou que a prioridade do Governo é
identificar rapidamente a origem das bebidas contaminadas e alertar a população
sobre os riscos.
Com três mortes já confirmadas e um número crescente de intoxicações suspeitas, o caso se tornou um problema de saúde pública de grande dimensão. As autoridades reforçam o alerta: consumidores devem redobrar a atenção quanto à procedência das bebidas alcoólicas adquiridas e evitar produtos de origem duvidosa.
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