sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Bebê morre após complicações em tratamento de pneumonia na Unimed Recife; família denuncia erro médico

                    Um bebê de 1 ano e 10 meses, identificado como João Miguel Alves da Silva, faleceu após complicações durante o tratamento de pneumonia na Unimed Recife, em um caso que os pais denunciam como erro médico grave. A situação aconteceu há seis meses, mas foi tornada pública pelos familiares apenas nesta semana.

Segundo relatos dos pais, João Miguel teve os dois pulmões perfurados durante a colocação de um acesso central, procedimento que teria sido indicado para tratar complicações da pneumonia, mas que resultou em danos irreversíveis.

Os primeiros sinais de problemas surgiram em setembro do ano passado, quando o bebê apresentou sintomas de pneumonia. Ele foi levado ao hospital, mas recebeu alta apenas com prescrição de antibióticos, sem realização de exames detalhados. Meses depois, retornou à unidade com amidalite, mas novamente foi liberado sem investigação aprofundada.

Em janeiro deste ano, após sucessivas crises de vômito, João Miguel precisou ser internado na UTI. A mãe, Thais Paulino, recorda que recebeu informações de que o filho estava bem, mas logo depois foi informado que seria necessário realizar a colocação de um acesso central.

Foi nesse momento, segundo o pai, Gidson Alves, que a situação se agravou:

“Meu filho foi tratar uma pneumonia. Quando foi colocar o acesso, já estava com o pulmão comprometido. Depois perfuraram os dois pulmões do meu filho, tirando qualquer chance de vida. Como se trata de uma pneumonia e acabam provocando um erro médico que leva a um colapso pulmonar (pneumotórax).”

Diante das complicações, a equipe médica realizou uma cirurgia de emergência, mas a criança já chegou ao bloco cirúrgico em estado crítico. A mãe relatou momentos de desespero durante a tentativa de reanimação:

“Eu pedi muito a Deus que devolvesse a vida do meu filho de volta. Meu corpo desfaleceu. Quando as médicas nos chamaram, eu já sabia o que iam dizer.”

Thais ainda afirmou que, após a morte do filho, a equipe médica tentou que o pai assinasse uma autorização referente ao procedimento realizado:

“Foi uma sucessão de erros. Depois que meu filho veio a óbito, vieram com um papel para meu esposo assinar, mas ele se recusou.”

O Instituto de Medicina Legal (IML) confirmou que havia perfurações nos dois pulmões da criança. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso e apurar responsabilidades.

O caso levanta questionamentos sobre protocolos médicos e acompanhamento adequado de pacientes pediátricos em hospitais privados, e promete gerar debates sobre a segurança em procedimentos invasivos em crianças. 

Em nota, a Unimed informou que “toda a assistência foi prestada ao paciente e reforça ainda seu compromisso incondicional com a qualidade e segurança dos pacientes, seguindo rigorosos protocolos técnicos, com respaldo científico”.

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