A ofensiva contou com o
apoio do Ministério Público Federal (MPF) e da Caixa Econômica Federal (Caixa).
Ao todo, estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão, além de
medidas de bloqueio e indisponibilidade de bens e ativos no valor estimado em R$
3 milhões. As ordens judiciais, expedidas pela Justiça Federal, são executadas
no Rio de Janeiro (RJ), em Florianópolis (SC) e em Tubarão (SC).
De acordo com as
investigações, o esquema criminoso teve início em 2018 e era baseado na
concessão indevida de benefícios por meio da inserção de dados falsos nos
sistemas informatizados da Caixa. As ações fraudulentas eram viabilizadas por
funcionários e ex-funcionários do banco, que se aproveitavam do acesso
privilegiado aos sistemas para manipular registros e liberar pagamentos
irregulares.
As apurações revelaram que quatro
ex-servidores da Caixa foram responsáveis por uma série de irregularidades,
entre elas:
- Comprovação de vida fraudulenta de pessoas fictícias ou já falecidas;
- Emissão de segundas vias de cartões para beneficiários inexistentes;
- Autorização de pagamentos irregulares;
- Utilização de documentos adulterados para habilitar benefícios;
- Inserção coordenada de informações falsas nos sistemas da instituição.
A Caixa instaurou
procedimento disciplinar que culminou na demissão dos envolvidos e na
constatação de que eles já tinham histórico de condutas ilícitas semelhantes,
especialmente na concessão indevida de benefícios.
Mesmo após a demissão, em
2022, os suspeitos continuaram o esquema. Para manter o fluxo de recursos,
delegaram a terceiros o saque mensal de pelo menos 17 benefícios fraudulentos
ainda ativos.
Além do bloqueio de R$ 3 milhões em bens e ativos, a PF trabalha para identificar e recuperar valores desviados. O caso também poderá resultar em denúncias criminais por estelionato, inserção de dados falsos em sistemas de informação e organização criminosa.
👉 Acompanhe mais notícias e curta nossas
redes sociais:
Nenhum comentário:
Postar um comentário