Placar final de titulares
fica em 5 a 4 para oposição, resultado direto das recentes manobras que
esvaziaram a base governista. Comissão será instalada em tempo recorde já nesta
terça-feira.
O Palácio do Campo das
Princesas sofreu, nesta segunda-feira (18), sua mais significativa derrota
política na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) até o momento. Após o
prazo final para as indicações, a composição da Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) foi oficializada, consolidando uma maioria de 5 a 4 para a
oposição entre os membros titulares. O resultado é um reflexo direto da
"dança das cadeiras" das últimas horas, que viu MDB, PRD e PSDB
abandonarem a base do governo.
A articulação governista
tentou até o último minuto, mas não conseguiu reverter o prejuízo numérico. O
bloco de apoio à governadora Raquel Lyra, agora reduzido a 19 deputados,
indicou três nomes: Antônio Moraes (PP), João Paulo (PT) e Wanderson Florêncio
(Solidariedade). O quarto nome do campo governista veio de uma articulação com
o PL, que, apesar de independente, indicou o alinhado Nino de Enoque.
Contudo, o bloco de
oposição, fortalecido e agora com 20 parlamentares, garantiu quatro cadeiras e
o apoio crucial de um independente. Foram indicados: Dani Portela (PSOL),
proponente da CPI; Diogo Moraes (PSDB) e Waldemar Borges (MDB), recém-chegados
ao grupo; e Rodrigo Farias (PSB). A eles se soma Antonio Coelho (União Brasil),
que atua de forma independente, mas alinhado à oposição, selando a maioria.
A formação da CPI
materializa o impacto das recentes crises políticas. A vaga que seria de Débora
Almeida (PSDB), fiel aliada da governadora, foi perdida após a manobra que
colocou Diogo Moraes na liderança do partido e o retirou do bloco governista.
Em um movimento para
acelerar os trabalhos, a instalação da comissão, que poderia levar até 15 dias,
foi marcada para as 8h desta terça-feira (19). A primeira reunião será
presidida pela deputada Dani Portela, que poderá concorrer à presidência ou
vice-presidência. A definição desses cargos e, principalmente, o de relator,
será a próxima grande batalha.
Com a maioria numérica, a oposição tem ampla vantagem para eleger o presidente, que dita o ritmo dos trabalhos, e o relator, que elabora o parecer final da investigação, que terá duração de 120 dias, prorrogáveis por mais 90.
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