segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Oposição consolida maioria na CPI da Alepe e impõe derrota ao governo Raquel Lyra

Placar final de titulares fica em 5 a 4 para oposição, resultado direto das recentes manobras que esvaziaram a base governista. Comissão será instalada em tempo recorde já nesta terça-feira.

O Palácio do Campo das Princesas sofreu, nesta segunda-feira (18), sua mais significativa derrota política na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) até o momento. Após o prazo final para as indicações, a composição da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi oficializada, consolidando uma maioria de 5 a 4 para a oposição entre os membros titulares. O resultado é um reflexo direto da "dança das cadeiras" das últimas horas, que viu MDB, PRD e PSDB abandonarem a base do governo.

A articulação governista tentou até o último minuto, mas não conseguiu reverter o prejuízo numérico. O bloco de apoio à governadora Raquel Lyra, agora reduzido a 19 deputados, indicou três nomes: Antônio Moraes (PP), João Paulo (PT) e Wanderson Florêncio (Solidariedade). O quarto nome do campo governista veio de uma articulação com o PL, que, apesar de independente, indicou o alinhado Nino de Enoque.

Contudo, o bloco de oposição, fortalecido e agora com 20 parlamentares, garantiu quatro cadeiras e o apoio crucial de um independente. Foram indicados: Dani Portela (PSOL), proponente da CPI; Diogo Moraes (PSDB) e Waldemar Borges (MDB), recém-chegados ao grupo; e Rodrigo Farias (PSB). A eles se soma Antonio Coelho (União Brasil), que atua de forma independente, mas alinhado à oposição, selando a maioria.

A formação da CPI materializa o impacto das recentes crises políticas. A vaga que seria de Débora Almeida (PSDB), fiel aliada da governadora, foi perdida após a manobra que colocou Diogo Moraes na liderança do partido e o retirou do bloco governista.

Em um movimento para acelerar os trabalhos, a instalação da comissão, que poderia levar até 15 dias, foi marcada para as 8h desta terça-feira (19). A primeira reunião será presidida pela deputada Dani Portela, que poderá concorrer à presidência ou vice-presidência. A definição desses cargos e, principalmente, o de relator, será a próxima grande batalha.

Com a maioria numérica, a oposição tem ampla vantagem para eleger o presidente, que dita o ritmo dos trabalhos, e o relator, que elabora o parecer final da investigação, que terá duração de 120 dias, prorrogáveis por mais 90. 

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