sábado, 2 de agosto de 2025

Lula mantém liderança sobre Bolsonaro em novo cenário para 2026, segundo Datafolha

              A mais recente pesquisa do instituto Datafolha, divulgada neste sábado (2), traz uma fotografia atualizada da corrida presidencial para 2026 e mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém a dianteira na disputa, mesmo diante da polarização que ainda marca o cenário político brasileiro. Lula aparece com 39% das intenções de voto, contra 33% do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — que atualmente está inelegível devido a condenações na Justiça Eleitoral. A diferença entre os dois é de seis pontos percentuais, dentro de uma margem de erro de dois pontos para mais ou para menos.

Apesar de fora do jogo, Bolsonaro segue com forte recall eleitoral e influencia os testes com nomes ligados a ele. Quando substituído por Michelle Bolsonaro, o percentual de intenções de voto cai: a ex-primeira-dama atinge 24%, enquanto Lula se mantém com 39%. Outros nomes da família também são avaliados: com Eduardo Bolsonaro, o petista segue na frente (39% a 20%) e, com Flávio Bolsonaro, a diferença aumenta ainda mais (40% a 18%).

Um dos nomes mais cotados da direita para ocupar o espaço de Bolsonaro é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). No confronto direto com Lula, Tarcísio aparece com 21% das intenções de voto, enquanto o presidente marca 38%.

O cenário muda quando Lula sai do páreo. Nesse caso, Fernando Haddad (PT) e Tarcísio aparecem empatados, com 23% cada. Já com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) como representante governista, a disputa segue apertada: Tarcísio marca 24% e Alckmin, 22%, dentro da margem de erro.

A pesquisa, realizada com 2.004 eleitores em 130 municípios do país nos dias 29 e 30 de julho, mostra que, embora o cenário esteja longe de se definir, a polarização entre Lula e Bolsonaro — ou seus herdeiros políticos — permanece como o eixo dominante da política nacional.

Lula mantém sua base, mesmo diante de um governo que enfrenta críticas em áreas como economia e segurança. Do outro lado, os nomes da oposição ainda buscam se consolidar fora da sombra do ex-presidente Bolsonaro, cuja presença continua sendo decisiva, mesmo estando fora da disputa.

Se 2026 ainda está distante, o termômetro da opinião pública já começa a indicar que o debate sucessório será novamente marcado por disputas ideológicas intensas — e pela dificuldade de surgirem nomes que rompam o atual eixo PT x bolsonarismo. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil 

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