A informação foi confirmada
pelo presidente da TLSA, Tufi Daher Filho, em entrevista ao Diário do Nordeste.
Segundo ele, a ideia é aproveitar o potencial estratégico da ferrovia para
criar infraestruturas logísticas de grande porte que funcionem como centros de
carga, descarga e integração entre os modais rodoviário e ferroviário.
“Vamos ter um (porto
seco) lá no Piauí, em Eliseu Martins. Um terminal grande, próprio. Em Trindade
(PE), também é muito provável, por causa do polo gesseiro. Avaliamos ainda
Missão Velha e Salgueiro (PE), uma delas deve receber um terminal. E entre o
Pecém e Iguatu, no Ceará, estamos analisando um novo ponto. Serão todos da
TLSA”, afirmou Daher Filho.
Trindade e Salgueiro, no
Sertão de Pernambuco, surgem como peças-chave nessa engrenagem logística.
Trindade, reconhecida por seu polo gesseiro, é apontada como prioridade devido
ao alto volume de produção mineral que pode ser escoado via ferrovia. Já
Salgueiro, além de seu posicionamento geográfico estratégico, já abriga um dos
mais importantes entroncamentos da Transnordestina.
A possível instalação de
portos secos nesses municípios pode impulsionar a economia regional, gerar
empregos e atrair novas cadeias de produção industrial, transformando a
logística do Sertão pernambucano.
O que são portos secos - Embora
o nome remeta ao mar, portos secos não têm ligação com modais aquáticos. São
estruturas similares às de portos marítimos ou fluviais, mas instaladas em
regiões do interior, conectadas por rodovias e ferrovias. Oferecem serviços
alfandegários, armazenagem, movimentação de cargas e incentivos fiscais —
funcionando como centros logísticos de distribuição de bens nacionais e
internacionais.
Um dos primeiros portos
secos da nova fase logística da Transnordestina já está em construção. Quixeramobim,
no sertão central cearense, será sede de um terminal com investimento estimado
em quase R$ 1 bilhão, tocado pela empresa Value Global Group. Com previsão de
entrega até 2027, o projeto ocupará 360 hectares, terá capacidade de gerar mais
de 1.300 empregos e poderá faturar até R$ 300 milhões por ano.
Além disso, o Governo do
Ceará estuda instalar um segundo porto seco em Missão Velha, cidade que também
está no radar da TLSA. A Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece) será
responsável por avaliar a viabilidade do empreendimento, evitando sobreposição
de investimentos.
A criação dessa rede de portos secos representa uma mudança estrutural no escoamento da produção nordestina, fortalecendo os interiores como centros de conexão logística. Se confirmadas, as instalações em Pernambuco poderão consolidar o estado como hub logístico do interior do país, impulsionando o desenvolvimento regional com mais infraestrutura, emprego e integração econômica.
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