A ocasião foi o encerramento
do festival Cinéma Paradiso Louvre, evento de exibições ao ar livre que teve
como grande destaque a estreia internacional do novo filme de Kleber Mendonça
Filho, O Agente Secreto. Mas antes mesmo da projeção, a cultura do Recife já
havia roubado a cena.
Sob a regência do maestro
Ademir Araújo, a Orquestra Popular do Recife iniciou o espetáculo com uma
clarinada que ecoou entre os 2,5 mil espectadores e se transformou num cortejo
vibrante. O repertório trouxe clássicos como Vassourinhas, Relembrando o Norte
e Três da Tarde, embalando os passos precisos e envolventes do grupo Guerreiros
do Passo — responsáveis por transformar a dança em pura poesia visual.
No palco principal, os
cantores Almério e Flaira Ferro levaram ao público francês um mergulho na
música nordestina contemporânea. Canções como Frevo Mulher, Bom Demais, Voltei
Recife e Pagode Russo ganharam novas cores diante do pôr do sol parisiense. O
encerramento ficou por conta da potente Ciranda de Malungo, de Otto, selando a
união entre tradição e inovação em uma apresentação arrebatadora.
Como gesto de carinho e
identidade, sombrinhas de frevo e leques com a frase “Luz, Câmera, Frevo –
Recife, a cidade do Agente Secreto” foram distribuídos ao público. Um símbolo
do protagonismo cultural que o Recife levou ao coração da Europa.
Entre acordes, aplausos e emoção, o Recife não apenas apresentou um filme: apresentou-se. E mostrou ao mundo que sua cultura é viva, vibrante e universal.
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