A decisão foi motivada por irregularidades
apontadas em relatório de auditoria realizado pela Inspetoria Regional do TCE
em Garanhuns. O certame, homologado em maio de 2025 e vencido pela Alpha
Projetos Educacionais Ltda., previa a aquisição de dois lotes de materiais impressos
para alunos e professores, com valores por kit que poderiam ultrapassar R$ 3
mil, a depender da série escolar.
A licitação previa um Registro
de Preços para aquisição de kits destinados aos anos iniciais e finais do
Ensino Fundamental, com um custo total de R$ 5,8 milhões. Apesar de representar
economia em relação ao valor estimado inicialmente (R$ 6,4 milhões), o TCE
considerou que a contratação poderia representar risco de prejuízo ao erário.
Entre os pontos críticos
levantados estão:
- Exigências técnicas excessivas e restritivas, que poderiam limitar a concorrência;
- Ausência de previsão de produtos equivalentes;
- Pesquisa de preços pouco confiável, com cotações que levantam dúvidas sobre sua idoneidade;
- Indícios de direcionamento do processo licitatório.
Com a cautelar, a Prefeitura
de Garanhuns deve:
- Se abster de assinar o contrato com a empresa vencedora, ou, se já assinado, não emitir ordens de serviço, empenhos, liquidações ou pagamentos;
- Impedir adesões à Ata de Registro de Preços;
- Aguardar nova deliberação do TCE enquanto uma auditoria especial é instaurada para aprofundar as investigações.
A gestão municipal defendeu
a licitação como parte de uma política para melhorar o desempenho em Matemática
e promover educação financeira nas escolas. No entanto, para o TCE, a forma
como o processo foi conduzido levanta preocupações sobre transparência,
eficiência e legalidade na aplicação dos recursos públicos.
A suspensão segue vigente até nova análise da Corte de Contas. O caso pode influenciar outras prefeituras que pretendem investir em programas semelhantes.
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