A ação civil pública foi
movida de forma conjunta pelas Promotorias de Justiça de Patrimônio Público e
de Educação, sendo conduzida pelo promotor Marcus Tieppo. Segundo o MPPE, a
Realbus venceu a licitação mediante a apresentação de uma declaração falsa, não
atendendo aos critérios técnicos estabelecidos no edital.
Entre as irregularidades
apontadas estão:
- Utilização de veículos fora dos padrões exigidos pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB);
- Motoristas sem formação específica para o transporte de estudantes;
- Ausência de seguros obrigatórios e rastreadores GPS no início da operação do contrato.
A sentença destacou que a
falta de conformidade comprometeu diretamente a segurança dos estudantes e
resultou em prejuízo ao erário, uma vez que os contribuintes estavam pagando
por um serviço deficiente, sem controle de rotas e sem garantias básicas de qualidade.
A decisão judicial obriga a Prefeitura
de Caruaru a regularizar a situação do transporte escolar. Entre as
possibilidades, estão:
- Convocação do próximo licitante habilitado que atenda plenamente aos critérios do edital;
- Revogação da licitação atual e abertura de um novo processo seletivo.
- A execução do novo contrato deverá iniciar com o ano letivo de 2026. Até lá, a empresa Realbus está autorizada a continuar operando apenas se cumprir rigorosamente todas as exigências contratuais, incluindo:
- Utilização de veículos e motoristas em conformidade legal;
- Apresentação de documentação completa e relatórios de deslocamentos com comprovação via GPS.
Caso a Realbus não consiga
suprir integralmente o serviço, a Justiça autorizou a Prefeitura a realizar contratações
diretas para cobrir as rotas, desde que as empresas contratadas estejam em
conformidade com os padrões exigidos.
Para o promotor Marcus
Tieppo, a decisão representa um avanço na luta contra a impunidade e na
garantia de um serviço público digno à população:
“Transporte escolar é
responsabilidade direta do poder público. Não é aceitável que crianças e
adolescentes sejam expostos a riscos por falhas grosseiras na contratação e
fiscalização do serviço”, afirmou.
O MPPE seguirá acompanhando
o cumprimento da decisão judicial e a regularização do transporte escolar no
município.
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