sexta-feira, 20 de junho de 2025

Servidores da Abin cobram saída de diretor-geral indiciado e podem decretar greve

                A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) vive um dos momentos mais delicados de sua história recente. Em nota divulgada nesta sexta-feira (20), servidores da instituição anunciaram a convocação de uma assembleia para a próxima segunda-feira (23), com a intenção de discutir o afastamento do diretor-geral Luiz Fernando Corrêa, além da possibilidade de paralisação das atividades como forma de pressão.

Corrêa é um dos 35 nomes indiciados pela Polícia Federal no escândalo conhecido como “Abin Paralela”, acusado de participar de um esquema de espionagem ilegal de adversários políticos e de ataques às urnas eletrônicas, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Mesmo com o indiciamento, Corrêa foi mantido no cargo pelo atual governo, o que gerou revolta entre os servidores.

Segundo a Intelis, entidade representativa da categoria, há descontentamento generalizado, motivado não apenas pela permanência do diretor, mas pela ausência de diálogo com o governo federal. O comunicado menciona ainda a falta de controle sobre informações sigilosas por parte da Polícia Federal e do Ministério da Justiça.

Na última terça-feira (17), a categoria já havia formalmente solicitado a demissão de Corrêa. Agora, a assembleia poderá aprovar o início de uma greve como protesto e tentativa de resgatar a credibilidade da Inteligência de Estado no Brasil. A Abin, por sua vez, informou que continua colaborando com as investigações.

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