Segundo os documentos
manuscritos, que circulam em páginas mantidas por familiares de presos, os
ex-diretor e ex-chefe de Disciplina e Segurança do Presídio de Igarassu teriam
acesso a televisão, ventiladores, rádio, celulares e até alimentação
diferenciada. “Seu Charles e Seu Eron, que foram presos, estão tendo regalias
como celulares, televisão, ventilador, joias e alimentação diferenciada em suas
celas”, diz uma das cartas, datada do sábado, dia 14, quando ocorrem visitas.
Outra carta, sem data,
denuncia ainda que Charles teria acesso livre à visitação. “Ele tem visita o
dia todo, enquanto as nossas são só 4 horas”, afirma o texto. As denúncias
também criticam a estrutura da enfermaria, apontando a ausência de medicamentos
e negligência em atendimentos médicos.
Em resposta, a Secretaria de
Administração Penitenciária de Pernambuco (Seap) negou qualquer tipo de
privilégio. “As informações não procedem. Os detentos mencionados recebem o
mesmo tratamento que os demais, conforme as normas e protocolos adotados em todas
as unidades do Estado”, informou a pasta em nota.
A Operação La Catedral,
deflagrada em fevereiro pela PF, expôs um esquema de corrupção que envolvia a
facilitação de entrada de itens proibidos em troca de propina, beneficiando
presos de alta periculosidade.
As denúncias recentes
reacendem o debate sobre desigualdades e privilégios no sistema carcerário
pernambucano, além de reforçarem as cobranças por transparência e fiscalização
dentro das unidades prisionais do Estado.
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