A presença constante da
primeira-dama em eventos oficiais patrocinados com recursos públicos chamou a
atenção do conselheiro Dirceu Rodolfo, que apontou possível violação dos
princípios da impessoalidade e moralidade administrativa. Em sua interpretação,
a exposição reiterada de Viviane — que também é pré-candidata a deputada
estadual em 2026 — pode configurar promoção pessoal com dinheiro público,
prática vedada pela Constituição Federal.
Além disso, Viviane Gomes
também está no centro de outras denúncias, como nepotismo e incapacidade
técnica para ocupar o cargo de secretária. O Ministério Público de Pernambuco
(MPPE) já havia recomendado sua exoneração, reforçando que a gestão de Joselito
Gomes pode estar extrapolando os limites legais da administração pública.
No momento, o TCE-PE analisa
o caso por meio de uma Medida Cautelar que pode resultar na abertura de uma Auditoria
Especial e até no envio do processo para o Ministério Público Eleitoral, que
deve avaliar se houve ou não uso da máquina pública para fins eleitorais.
Esse não é um caso isolado.
Em diversas cidades, as festas patrocinadas pelo erário têm se tornado
trampolins de popularidade para figuras públicas. Shows, discursos e aparições
em palcos — muitas vezes transmitidas ao vivo nas redes oficiais — transformam
celebrações culturais em verdadeiros palanques antecipados, o que exige cada
vez mais atenção dos órgãos de controle e da sociedade civil.
O debate que se impõe é: qual o limite entre a valorização da cultura popular e a instrumentalização política desses eventos? Quando a festa se torna palco para projetos pessoais, a democracia perde espaço para o marketing político.
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