Com uma população estimada
em 14.232 habitantes, Itapetim destinou R$ 1,7 milhão para apenas três dias de
apresentações, o que representa um custo per capita de R$ 120,15 – mais de três
vezes o valor investido por habitante em Caruaru, que gastará R$ 34,50 por
pessoa mesmo com um investimento total de quase R$ 14 milhões.
Em segundo lugar no ranking
de maior gasto per capita, aparece o município de Saloá, no Agreste. Com
população de 14.172 habitantes e investimento de R$ 1,25 milhão em dois dias de
festa, o custo individual atinge R$ 88,19.
Logo depois, no Sertão, o
pequeno município de Solidão, com apenas 5.403 habitantes, investiu R$ 460 mil em
dois dias de festa, distribuídos entre quatro atrações, resultando em um custo
per capita de R$ 85,13.
Enquanto isso, Caruaru, com
seus 402.290 habitantes estimados em 2024, aparece com um custo muito mais
diluído, ainda que concentre um dos maiores investimentos brutos do estado.
Em Arcoverde, em 2024, por
exemplo, os gastos com atrações do São João somaram mais de três milhões de
reais (R$ 3.296.172,65). Com uma população de 77.742 (Censo 2022), os gastos de
Arcoverde no ano passado representaram um custo per capita de R$ 42,40.
A análise dos dados, tanto
de população (IBGE/2022, com estimativa para 2024) quanto de orçamento festivo,
chama atenção para o uso de recursos públicos em cidades de pequeno porte, que,
embora promovam eventos importantes para sua cultura e economia local,
enfrentam questionamentos sobre prioridades orçamentárias e impacto real dos
gastos.
Para especialistas, é importante equilibrar valorização cultural com transparência e responsabilidade fiscal, garantindo que o investimento em festas não comprometa áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura. A discussão está aberta: até que ponto o custo da festa vale a pena?
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