Durante uma entrada ao vivo
na noite do domingo (15), a diretora de jornalismo da Rádio Itapuama FM,
Zalxijoane Ferreira, fez um desabafo contundente sobre as dificuldades
enfrentadas pelos veículos locais para cobrir o evento. “Estamos aqui à
trabalho, mas a imprensa como um todo está sendo desrespeitada, a palavra é
essa”, afirmou.
Segundo Zalxijoane, além de
ficarem em segundo plano em relação a emissoras como TV Asa Branca e TV Jornal
— “ambas com pouca ou nenhuma audiência na cidade” — os jornalistas locais
perderam o acesso ao chamado “espaço de convivência”, que inicialmente era compartilhado
com toda a imprensa. No segundo dia de festa, a decoração havia sido retirada,
e o local transformado em uma pequena sala de 4x4 metros, onde os profissionais
deveriam esperar coletivas de imprensa com os artistas, sem qualquer estrutura
adequada.
Além da imprensa, outro
grupo que protestou contra a condução do evento foi o dos tradutores e
intérpretes de Libras de Arcoverde. Em nota de repúdio publicada nas redes
sociais, o grupo afirma que realizou todas as etapas do processo de
credenciamento e enviou a proposta solicitada pela própria Prefeitura. No entanto,
foram surpreendidos ao ver outras pessoas exercendo a função para a qual haviam
se candidatado — sem qualquer resposta ou satisfação por parte da gestão.
“Ligamos, enviamos
e-mails, falamos com pessoas conhecidas, e até agora não tivemos retorno. Isso só
mostra a falta de comprometimento, transparência e respeito com nós,
profissionais, que estudamos, nos dedicamos e estamos cada vez mais empenhados
por uma melhor inclusão”, afirma a nota que pode ser lida na integra abaixo.
A organização do evento ainda não se pronunciou oficialmente sobre as denúncias, que envolvem falta de diálogo, centralização das decisões e desrespeito pelos profissionais locais.
NOTA DE REPÚDIO
Não posso me calar diante da postura da prefeitura
de Arcoverde.
Nós, tradutores Intérpretes de Libras que
residimos na cidade Arcoverde, fizemos um credenciamento para realizarmos a
acessibilidade no São João de Arcoverde no palco principal.
Enviamos a documentação no prazo, nossos nomes saíram na lista com a aprovação,
tudo conforme a lei e o edital.
Foi enviada a proposta, solicitada pela
própria prefeitura e desde então não obtivemos retorno.
Ontem ficou claro que a acessibilidade foi
feita por outros profissionais.
Lamentável, pois se iriam contratar pessoas de fora, não tivessem feito o
credenciamento, não tivessem lançados nossos nomes e pior ainda pelo menos
dessem uma satisfação.
Ligamos, enviamos e-mail, falei inclusive com pessoas conhecidas para que
tivéssemos algum tipo de resposta.
E até hoje não tivemos retorno.
Isso só mostra a falta de comprometimento,
transparência e o respeito com nós profissionais, que estudamos, nos dedicamos
e estamos cada vez mais se empenhando para uma melhor inclusão.
Espero que pelo menos tenha uma explicação para tudo isso.
👉 Acompanhe mais notícias e curta
nossas redes sociais:
Nenhum comentário:
Postar um comentário