Os dados mostram que, mesmo
com populações reduzidas e orçamentos limitados, algumas cidades têm investido
valores milionários para realizar suas festas. O exemplo mais expressivo é Itapetim,
no Sertão do Pajeú, com apenas 14.232 habitantes (Censo IBGE 2022), mas que
ocupará o 3º lugar entre os maiores gastos com São João do estado, atrás apenas
de Caruaru e Vitória de Santo Antão.
Itapetim vai desembolsar R$
1.310.000,00 em três dias de shows (28 a 30 de junho), incluindo nomes como
Fulô de Mandacaru, Seu Desejo, Brasas do Forró, Walquiria Santos, Forrozão
Tropykália e Natanzinho Lima, cujo cachê isolado é de R$ 600 mil por uma única
apresentação de cerca de 1h45min.
O valor representa mais de 2%
da receita bruta do município em 2023, que foi de R$ 74.882.859,44.
Ibimirim, que realiza a
Festa de Santo Antônio, está em 4º lugar com gastos de R$ 1.305.000,00 tendo
Zezé Di Camargo e Luciano o cachê mais alto, com R$ 500 mil seguido da banda
Seu Desejo com cachê de R$ 350 mil. Arcoverde ainda não disponibilizou nenhum
dado no portal do MPPE e Recife apenas 7 atrações das mais de 100 anunciadas.
Outro caso que chama a
atenção é Solidão, no Sertão do Alto Pajeú. Com 5.403 habitantes e sendo o quinto
menor município do estado em população, a cidade gastará R$ 460 mil com apenas
dois dias de festa (6 e 7 de junho), com atrações como Fulô de Mandacaru,
Encantu’s, Carta de Baralho e Ruan Forrozeiro.
O valor representa quase 1%
da receita anual do município, que foi de R$ 46.879.852,68 em 2023.
Já Camocim de São Félix, no
Agreste, com uma população de 17.910 habitantes, planeja gastar R$ 975.250,00
com dez dias de programação e 17 atrações, totalizando 1,3% da receita bruta do
ano passado (R$ 72.463.701,09).
A publicação dos dados no portal do MPPE visa dar transparência ao uso de recursos públicos em eventos culturais, permitindo o acompanhamento pela sociedade e órgãos de controle, principalmente diante das demandas sociais urgentes que ainda persistem em muitas dessas cidades.
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