A pressão popular forçou uma
mudança de rota: às pressas, a gestão decidiu inserir alguns nomes locais no
cronograma, mas de forma improvisada e desrespeitosa. As apresentações foram
encaixadas na segunda-feira, 23 de junho — Dia de São João —, sem qualquer
artista de renome nacional na mesma data que pudesse dividir palco ou atrair
público. Resultado: estrutura reduzida, divulgação quase inexistente e público
mínimo.
Muitos músicos locais
relataram a sensação de terem sido usados apenas para silenciar as críticas,
sem qualquer compromisso real da Prefeitura com a cultura salgueirense. A noite
foi marcada por palcos esvaziados e artistas se apresentando praticamente
sozinhos, o que gerou sentimento de frustração e humilhação entre os envolvidos.
O episódio reforça um padrão
que já vem sendo percebido há anos: a prata da casa é constantemente colocada
em segundo plano. Mesmo com nomes talentosos e com trajetória consolidada na
região, os artistas locais seguem sendo tratados como peças descartáveis em
grandes eventos da cidade.
Moradores e lideranças culturais cobram que, para os próximos anos, haja um planejamento mais democrático, com participação de quem vive e respira a cultura local, para que o São João de Salgueiro volte a ter identidade e respeito.
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