Enquanto o estado de
Pernambuco registrou retração no número de empregos formais em março de 2025,
Recife apresentou desempenho positivo e foi um dos destaques na geração de
novos postos de trabalho na região.
Apesar do cenário desafiador
para o mercado de trabalho em Pernambuco, a capital Recife contrariou a
tendência negativa e fechou o mês de março com saldo positivo de 1.044 empregos
com carteira assinada. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (30) pelo
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio do Novo Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Novo Caged).
Enquanto o estado perdeu
3.478 vagas formais — resultado de 49.384 admissões frente a 52.862
desligamentos —, Recife manteve seu ritmo de recuperação e crescimento no
mercado formal, registrando 17.645 contratações e 16.601 demissões. Com isso, o
estoque de empregos na capital chegou a 566.336 vínculos ativos.
O setor de serviços foi o
grande responsável por este resultado, com saldo positivo de 1.385 postos de
trabalho, consolidando-se como o principal motor da economia recifense. O setor
contabilizou 11.944 admissões e 10.559 desligamentos, refletindo a retomada de
atividades ligadas a comércio, tecnologia, turismo, saúde e educação.
Por outro lado, a indústria
puxou para baixo os resultados no estado como um todo, com saldo negativo de
4.092 vagas. Também contribuíram negativamente os setores de agropecuária
(-1.521) e comércio (-999). Apenas os setores de serviços (+2.397) e construção
civil (+737) apresentaram saldo positivo em Pernambuco.
No contexto regional, o
Nordeste foi a única região do país a registrar retração no mês, com perda de
13.199 postos de trabalho. Apenas Bahia (+2.998), Piauí (+1.730) e Maranhão
(+1.106) conseguiram fechar março no azul. Nacionalmente, o Brasil criou 71.576
vagas formais, número inferior ao registrado em março de 2024, quando o saldo
foi de 244.315 empregos. Segundo o ministro Luiz Marinho, a queda pode estar
relacionada ao carnaval deste ano, que ocorreu em março, afetando
temporariamente a dinâmica de contratações.
Com desempenho superior ao do estado e até mesmo ao da região, Recife reforça sua posição como polo dinâmico de geração de empregos, especialmente no setor de serviços, e mostra capacidade de resistência diante das oscilações do mercado de trabalho.
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