Os nove denunciados são réus
em um processo por suposto envolvimento em um esquema criminoso que teria
desviado mais de R$ 15 milhões dos cofres municipais entre 2021 e 2022. Eles
negam as acusações.
A ação do MPPE ocorre após a
aceitação formal da denúncia pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), na
última sexta-feira (25). Apesar do avanço do processo, o afastamento dos
acusados das funções públicas, que havia sido determinado de forma temporária (30
dias) durante a deflagração da Operação Pactum Amicis, no início do mês, não
constou na sentença que recebeu a denúncia.
Diante disso, o MPPE
ingressou com embargos de declaração solicitando a inclusão expressa do
afastamento dos cargos, para que os investigados permaneçam suspensos de suas
funções até o fim da instrução criminal. "É imprescindível que se
determine seus afastamentos dos cargos que atualmente exercem, como forma de
resguardar a regularidade da instrução processual penal e a ordem pública",
afirmou o órgão.
Segundo a promotoria, há
risco de os réus utilizarem suas posições para influenciar testemunhas,
destruir provas ou até mesmo repetir condutas ilícitas. O Ministério Público
também quer que empresários envolvidos na denúncia tenham suspenso o direito de
contratar com o poder público.
Conforme a acusação, o
prefeito Cacique Marcos é apontado como o líder do grupo, responsável por
autorizar ações e validar acordos. O MPPE afirma que há evidências de que ele
recebeu promessas de vantagens indevidas de empresários que teriam financiado
sua campanha em 2020 em troca de favorecimentos em licitações — pelo menos 15
procedimentos teriam sido direcionados ilegalmente, segundo os autos.
Em nota, a Prefeitura de
Pesqueira afirmou que não foi notificada oficialmente sobre qualquer nova
decisão judicial que prorrogue o afastamento do prefeito, cuja suspensão
temporária termina em 3 de maio. Já a defesa dos vereadores pediu à Justiça o
direito de apresentar contrarrazões antes da decisão sobre novo afastamento e
reiterou a inocência dos parlamentares.
CPI - A
Câmara de Vereadores de Pesqueira, no Agreste do Estado, barrou o pedido de
abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o
prefeito, Cacique Marcos Xukuru (Republicanos), e os parlamentares Sil Xukuru
(PT) e Pastinha Xukuru (PP), que são réus por participar de um suposto
esquema de corrupção que desviou mais de R$ 15,6 milhões do município.
Proposta pela oposição, a
CPI foi rejeitada em sessão ordinária na terça-feira (29). O pedido, no
entanto, só atingiu quatro das cinco assinaturas necessárias – que seria
equivalente a um terço da Casa, composta por 15 parlamentares.
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