quarta-feira, 7 de maio de 2025

Professores do Recife decretam greve e dão prazo até sexta para nova proposta da Prefeitura

                Os professores da rede municipal do Recife decretaram, nesta terça-feira (6), estado de greve por tempo indeterminado, após assembleia-geral realizada no Clube Português, na Zona Norte da cidade. O encontro reuniu cerca de 1.500 profissionais da educação, que aprovaram a paralisação de forma quase unânime — sem votos contrários e apenas uma abstenção registrada.

A decisão representa o ápice de um impasse que se arrasta desde o início de abril, quando a categoria entrou em estado de greve. Os docentes rejeitam a proposta de reajuste salarial apresentada pela Prefeitura do Recife, comandada por João Campos (PSB), que oferece apenas 1,5% de aumento. Além disso, a gestão propôs um acréscimo de apenas R$ 1 no valor do tíquete-alimentação, medida que foi considerada irrisória e ofensiva pelos profissionais.

O Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) estipulou um prazo até a próxima sexta-feira (8) para que o governo municipal apresente uma nova proposta. Caso isso não ocorra, uma nova assembleia será convocada no mesmo dia, desta vez com o objetivo de oficializar a deflagração da greve nas escolas da rede.

A principal reivindicação dos professores é o cumprimento da Lei Federal nº 11.738/2008, que estabelece o Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério. Segundo o Simpere, a norma prevê reajuste de 6,27%, com pagamento retroativo a janeiro deste ano, o que impactaria toda a carreira do magistério municipal.

Além do aspecto financeiro, o sindicato denuncia uma série de problemas estruturais enfrentados pelas escolas municipais. Dentre as principais queixas, estão a falta de auxiliares em sala de aula para o atendimento de estudantes com deficiência e a ausência de infraestrutura adequada para o funcionamento pedagógico das unidades de ensino. O Simpere argumenta que essas falhas comprometem o processo de ensino-aprendizagem e sobrecarregam os profissionais da educação.

Enquanto aguarda uma resposta da Prefeitura do Recife, o Simpere continua mobilizado e alerta à categoria sobre os próximos desdobramentos. Caso não haja avanços nas negociações até sexta-feira, a paralisação poderá ser iniciada de forma ampla, comprometendo o calendário letivo das escolas municipais da capital pernambucana.

A gestão municipal ainda não se pronunciou oficialmente sobre a decisão da assembleia desta terça-feira, nem indicou se pretende apresentar uma nova proposta até o prazo estipulado.

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