Na manhã desta quarta-feira (21), a Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou por unanimidade a indicação do médico veterinário Moshe Dayan Fernandes de Carvalho para a presidência da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro). A indicação foi feita pela governadora Raquel Lyra (PSD) e havia grande expectativa para que o nome fosse oficializado ainda nesta quarta-feira.
No entanto, a votação na
Reunião Plenária prevista para o mesmo dia não aconteceu por falta de quórum.
Dos 25 deputados necessários para validar a votação, apenas 14 estiveram
presentes, o que impediu a conclusão do processo. A ausência de parlamentares
gerou indignação entre os presentes, principalmente diante da urgência imposta
pela ameaça de crise sanitária com o avanço da gripe aviária no Brasil.
A situação é especialmente
preocupante porque a Adagro está sem presidente no momento, o que fragiliza a
atuação do órgão responsável pela fiscalização e defesa sanitária da produção
agropecuária do Estado. A crise se agravou após a confirmação do primeiro caso
nacional de influenza aviária, detectado no último dia 15, no Rio Grande do
Sul. Desde então, autoridades do setor agropecuário vêm adotando medidas
preventivas para evitar que o vírus atinja a produção avícola de Pernambuco.
Diante do cenário, a CCLJ
foi convocada extraordinariamente nesta manhã para antecipar a sabatina de
Moshe Fernandes. Representantes do setor também compareceram à Alepe para
reforçar a urgência da nomeação. Um deles foi o presidente da Associação
Avícola de Pernambuco (Avipe), Giuliano Malta, que alertou sobre os riscos da
demora na definição da liderança da Adagro.
Durante a sessão da
comissão, o deputado Mário Ricardo (Republicanos) utilizou a palavra para
elogiar a agilidade da Alepe em antecipar a sabatina, mas criticou a ausência
de deputados na plenária. “Estamos diante de uma iminente crise sanitária, e
esse parlamento mostrou seu zelo. Mas me preocupa porque precisamos desse
número mínimo de deputados agora. A parte do parlamento está feita, agora é
preciso saber a responsabilidade daqueles que efetivamente a têm para tratar de
um tema tão delicado", declarou.
A expectativa agora é que a votação em plenário ocorra nos próximos dias, diante da crescente pressão para que Pernambuco não fique sem comando em um dos órgãos mais estratégicos para a defesa agropecuária do Estado. Até lá, o setor segue em estado de alerta.
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