quarta-feira, 21 de maio de 2025

Falta de quórum adia nomeação de presidente da Adagro em meio a risco de crise sanitária no setor avícola

            Apenas 14 deputados compareceram à sessão plenária; urgência na nomeação de Moshe Fernandes é motivada pelo avanço da gripe aviária no Brasil

Na manhã desta quarta-feira (21), a Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou por unanimidade a indicação do médico veterinário Moshe Dayan Fernandes de Carvalho para a presidência da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro). A indicação foi feita pela governadora Raquel Lyra (PSD) e havia grande expectativa para que o nome fosse oficializado ainda nesta quarta-feira.

No entanto, a votação na Reunião Plenária prevista para o mesmo dia não aconteceu por falta de quórum. Dos 25 deputados necessários para validar a votação, apenas 14 estiveram presentes, o que impediu a conclusão do processo. A ausência de parlamentares gerou indignação entre os presentes, principalmente diante da urgência imposta pela ameaça de crise sanitária com o avanço da gripe aviária no Brasil.

A situação é especialmente preocupante porque a Adagro está sem presidente no momento, o que fragiliza a atuação do órgão responsável pela fiscalização e defesa sanitária da produção agropecuária do Estado. A crise se agravou após a confirmação do primeiro caso nacional de influenza aviária, detectado no último dia 15, no Rio Grande do Sul. Desde então, autoridades do setor agropecuário vêm adotando medidas preventivas para evitar que o vírus atinja a produção avícola de Pernambuco.

Diante do cenário, a CCLJ foi convocada extraordinariamente nesta manhã para antecipar a sabatina de Moshe Fernandes. Representantes do setor também compareceram à Alepe para reforçar a urgência da nomeação. Um deles foi o presidente da Associação Avícola de Pernambuco (Avipe), Giuliano Malta, que alertou sobre os riscos da demora na definição da liderança da Adagro.

Durante a sessão da comissão, o deputado Mário Ricardo (Republicanos) utilizou a palavra para elogiar a agilidade da Alepe em antecipar a sabatina, mas criticou a ausência de deputados na plenária. “Estamos diante de uma iminente crise sanitária, e esse parlamento mostrou seu zelo. Mas me preocupa porque precisamos desse número mínimo de deputados agora. A parte do parlamento está feita, agora é preciso saber a responsabilidade daqueles que efetivamente a têm para tratar de um tema tão delicado", declarou.

A expectativa agora é que a votação em plenário ocorra nos próximos dias, diante da crescente pressão para que Pernambuco não fique sem comando em um dos órgãos mais estratégicos para a defesa agropecuária do Estado. Até lá, o setor segue em estado de alerta.  

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