Segundo a nota divulgada
pela Rádio Cidade, a exclusão ocorreu após a Prefeitura de Caruaru recusar um
pedido formal de permuta para acesso ao espaço da imprensa, sem apresentar
qualquer justificativa técnica. A decisão teria partido diretamente do prefeito
Rodrigo Pinheiro (PSDB), que já expressou, publicamente, divergências com a
linha editorial da emissora.
Apesar do veto, a direção da
rádio garantiu que manterá sua cobertura jornalística e cultural da festa, uma
das maiores do país, reforçando o compromisso com os ouvintes e com o papel da
imprensa regional.
A atitude provocou reação
imediata da ASSERPE – Associação das Empresas de Rádio e Televisão de
Pernambuco, que divulgou nota repudiando o veto e manifestando “profunda
preocupação” com o que chamou de “afronta aos princípios da isonomia e da
liberdade de imprensa”.
“Em pleno 2025, a
atitude inédita desde a modernização do formato do evento não tem mais espaço
no mundo contemporâneo”, destaca o texto.
“Além da cobrança
questionável de valores para acesso de veículos ao espaço, o veto a uma única
emissora abre margem para questionamentos jurídicos e institucionais, além de
representar um perigoso precedente.”
A entidade colocou seu corpo
jurídico à disposição da Rádio Cidade e afirmou que seguirá acompanhando os
desdobramentos da decisão. Para a ASSERPE, a medida adotada pela Prefeitura de
Caruaru fere o equilíbrio no tratamento entre os veículos de comunicação e o
próprio espírito democrático que deve nortear eventos de interesse público.
O episódio reacende o debate
sobre os limites entre gestão pública e liberdade de imprensa, principalmente
quando envolve eventos financiados com recursos públicos. Além disso, levanta
preocupações quanto à politização do espaço destinado à cobertura jornalística,
em um momento em que a credibilidade e a pluralidade da imprensa são vistas
como fundamentais para o fortalecimento da democracia.
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