domingo, 6 de abril de 2025

Tabira: MP pede cassação dos direitos políticos da ex-prefeita Nicinha

               O Ministério Público Eleitoral emitiu parecer favorável à cassação dos registros de candidatura de Nicinha Melo e Djalma das Almofadas, que concorreram nas eleições municipais de 2024 em Tabira. A manifestação ocorre no âmbito de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida por Flávio Ferreira Marques e pela Coligação “A Mudança se Faz com Todas as Forças”.

De acordo com o MP, a então prefeita Nicinha Melo utilizou sua posição como gestora para realizar contratações em massa de servidores temporários e ampliar significativamente a folha de pagamento nos três meses que antecederam o pleito, prática vedada pela legislação eleitoral.

Documentos anexados ao processo indicam a contratação de pelo menos 68 servidores temporários entre julho e setembro de 2024, período crítico do calendário eleitoral. Os relatórios de despesas públicas apontam aumento expressivo de gastos, sem justificativa técnica ou respaldo legal.

A defesa dos investigados não nega as contratações, alegando necessidade de manutenção dos serviços públicos essenciais. No entanto, segundo o promotor Rennan Fernandes de Souza, não foi apresentada nenhuma lei municipal específica que justificasse as admissões, tampouco se comprovou a excepcionalidade da situação.

Além das contratações diretas, o MP destaca o uso de empresas terceirizadas para empregar novos servidores, com omissão de dados no Portal da Transparência. Chamam atenção os pagamentos realizados ao Instituto de Desenvolvimento Humano (IDH) e à empresa GJB Locações e Serviços Ltda, que não foram devidamente publicados, violando o princípio da publicidade e comprometendo a transparência da gestão.

“O número elevado de contratações durante o período vedado, em um município do porte de Tabira, tem potencial de afetar diretamente o equilíbrio do pleito. Isso configura abuso de poder político com gravidade suficiente para justificar a cassação das candidaturas e a inelegibilidade dos envolvidos por oito anos”, conclui o promotor.

Com base nesses argumentos, o Ministério Público requer a cassação dos registros de candidatura ou diplomas de Nicinha Melo e Djalma das Almofadas, além da declaração de inelegibilidade de ambos até 2032.

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