Segundo a denúncia
apresentada pelo promotor Higor Alves de Araújo, o acusado utilizava perfis
falsos no Instagram, onde se passava por sensitivo e especialista em tarô, para
atrair e manipular mulheres vulneráveis. A investigação revelou que ao menos
cinco vítimas foram identificadas até o momento.
“O denunciado seria a
'estrela-guia' das vítimas e o responsável pela proteção destas. Após
induzi-las em erro, por meio fraudulento, ele passava a agir de maneira
obsessiva e violenta”, descreve o promotor no documento obtido com
exclusividade pela coluna Segurança.
As vítimas relataram abusos
físicos e psicológicos. Uma delas, ouvida pela Polícia Civil, afirmou que,
entre 2021 e 2024, teve relações sexuais com o acusado sem consentimento e era
frequentemente agredida com um cinturão. Outras relataram choques em regiões
íntimas, além de episódios em que o psicólogo teria drogado uma das vítimas
antes de violentá-la.
O caso choca ainda mais por
envolver a quebra de confiança profissional. Segundo o MPPE, o acusado se
aproveitava de seu conhecimento como psicólogo e psicanalista para criar uma
falsa relação de autoridade e conforto emocional, silenciando as vítimas e
tornando a denúncia ainda mais difícil.
Além dos atendimentos
privados, Higor também atuava no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do
município de Buíque, onde acompanhava atividades coletivas. A Prefeitura
informou, por meio de nota, que o servidor foi exonerado imediatamente após as
denúncias e que exercia funções de apoio administrativo.
A denúncia foi aceita pelo
MPPE e o processo segue na Justiça. Preso
preventivamente desde o mês passado, o acusado foi denunciado pelos crimes de
violação sexual mediante fraude, que prevê a pena de prisão de dois a seis
anos, e por estupro de vulnerável (oito a 15 anos).
O caso reacende o alerta
sobre a importância de avaliar com rigor as condutas de profissionais da saúde
mental e fortalecer os canais de denúncia para vítimas de violência sexual,
especialmente em contextos de manipulação psicológica e espiritual. Com informações do site Olha Aqui Notícias
Denúncias de violência
contra a mulher podem ser feitas pelo Disque 180, com
atendimento 24h e gratuito.
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