terça-feira, 8 de abril de 2025

Brasileira estudante de medicina é vítima de feminicídio na Bolívia

               Uma tragédia chocou a comunidade brasileira em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. A estudante de Medicina Jenife Socorro Silva, de 36 anos, natural de Santana, no Amapá, foi encontrada morta em seu apartamento na cidade boliviana, no último dia 2 de abril. As investigações apontam que ela foi vítima de feminicídio, e o principal suspeito do crime, um adolescente de 16 anos, já está apreendido.

Segundo a imprensa local, Jenife foi localizada nua, com sinais evidentes de estrangulamento e asfixia. O corpo foi encontrado pelo proprietário do imóvel onde ela residia, após tentativas frustradas de contato com a estudante. O encontro entre a vítima e o suspeito teria ocorrido no dia anterior, 1º de abril.

De acordo com o jornal boliviano El Deber, exames de corpo de delito confirmaram que Jenife morreu por asfixia mecânica. A jovem estava na Bolívia finalizando seu curso de Medicina. Embora já tivesse concluído as disciplinas, permanecia no país para realizar o “Grado”, uma prova essencial para validar o exercício da profissão médica.

Ainda segundo a imprensa, o adolescente suspeito teria mentido a idade para a vítima, afirmando ter 20 anos. Ele foi localizado pelas autoridades bolivianas menos de 24 horas após a descoberta do corpo. Apesar de admitir que esteve com Jenife, o jovem nega envolvimento no crime, alegando que a deixou com vida em seu apartamento.

Jenife era mãe de dois filhos e, segundo familiares, estava solteira. Em publicações nas redes sociais, parentes desmentem boatos de que a vítima teria qualquer relação amorosa com o suspeito. A família também iniciou uma mobilização para conseguir apoio financeiro, a fim de viajar à Bolívia e acompanhar de perto o andamento das investigações, além de viabilizar o traslado do corpo ao Brasil.

O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Santa Cruz de La Sierra, confirmou que acompanha o caso. Em nota, informou que está prestando assistência consular à família de Jenife, mas ressaltou que os custos do traslado dos restos mortais são de responsabilidade da família e não podem ser cobertos com recursos públicos.

A morte de Jenife levanta mais uma vez o alerta sobre a violência de gênero que atinge mulheres em diversos contextos, inclusive fora do país. Familiares e amigos clamam por justiça e por uma resposta rápida das autoridades bolivianas para que o crime não fique impune.

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