O anúncio ocorreu após uma
reunião no Palácio do Planalto entre Lewandowski, o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva e outros ministros da área jurídica e política. Segundo Lewandowski, a
proposta amadureceu após debates com governadores, sociedade civil e
acadêmicos, garantindo respaldo para ser encaminhada ao Legislativo.
A necessidade do projeto - A crescente violência em diversas regiões do país evidencia a urgência de uma reestruturação na segurança pública. Atualmente, a falta de um sistema integrado gera desafios para estados e municípios no enfrentamento ao crime, dificultando a atuação conjunta das polícias federal, civil, militar e das guardas municipais. Com a PEC, o governo pretende garantir um orçamento próprio para o setor, além de estabelecer diretrizes mais claras para o funcionamento das forças de segurança.
A regulamentação das guardas
municipais é uma das novidades da PEC, atendendo a uma recente decisão do
Supremo Tribunal Federal (STF) que definiu novas competências para essas
corporações. A mudança reforça o papel das guardas na segurança pública, promovendo
maior integração com outras instituições policiais.
Desafios no Congresso
Antes do envio oficial, o
texto passará por uma apresentação prévia aos presidentes da Câmara e do
Senado, além de líderes da base governista, para definir a melhor estratégia de
tramitação. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, destacou
que há um ambiente favorável para o debate da segurança pública no Legislativo,
mas alertou para a necessidade de uma comissão equilibrada para discutir o
projeto de forma responsável.
A tramitação da PEC será
complexa, exigindo aprovação em dois turnos tanto na Câmara quanto no Senado,
com apoio mínimo de 60% dos votos em cada Casa. Além disso, ainda será definido
se a proposta começará sua tramitação pela Câmara, caso seja enviada
diretamente pelo governo, ou pelo Senado, caso seja apresentada por um senador.
A PEC da Segurança Pública propõe alterações nos artigos 21, 22, 23 e 24 da Constituição Federal, que tratam das competências da União, estados, municípios e Distrito Federal, além do artigo 144, que rege os órgãos responsáveis pela segurança pública no Brasil. A proposta é vista como um passo importante para a modernização da segurança pública, garantindo maior eficiência no combate ao crime e na proteção da população.
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