Ainda em dezembro, a governadora
tinha garantido, reiteradas vezes, que pagaria tudo antes da virada do ano, o
que não aconteceu. O argumento da gestão era de que a burocracia e problemas de
documento das entidades e prefeituras teria motivado o não pagamento, o que é
rebatido pelos parlamentares.
Na semana passada, o
presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), se reuniu com Raquel Lyra
para ouvir as justificativas do governo e levar para os colegas de parlamento
que, nos bastidores, já falavam em judicialização. Depois desse encontro, o
tucano marcou a reunião com os colegas para a tarde desta segunda (6) e o
quórum foi alto.
Estiveram presentes: Dani
Portela (PSOL), Waldemar Borges (PSB), Luciano Duque (SD), Sileno Guedes (PSB),
Romero Albuquerque (UB), Diogo Moraes (PSB), João Paulo Lima (PT), João Paulo
Costa (PCdoB), William Brigido (Republicanos), Jarbas Filho (MDB), João de
Nadegi (PV), Joãozinho Tenório (PRD), Socorro Pimentel (UB), Henrique Queiroz
Filho (PP), Francismar Pontes (PSB), Gleide Angelo (PSB), Alberto Feitosa (PL),
Gilmar Junior (PV), Júnior Matuto (PSB), Nino de Enoque (PL), e o secretário de
Esportes do Recife, o deputado licenciado Eriberto Filho (PSB). Além dos atuais
deputados, ex-parlamentares também participaram: Tony Gel, Aluisio Lessa,
Romário Dias.
Ao deixar a reunião, Gilmar
destacou uma das frases repetida no encontro: “os deputados deram um voto de
confiança, ela [a governadora] prometeu que ia pagar, e não cumpriu”,
disse.
Os deputados montaram dois
ofícios assinados por quase todos os presentes, sendo um deles para o Palácio
do Campo das Princesas, solicitando um pedido de informação para entender o
motivo do atraso, previsão de quando deve ser feito esse pagamento, entre
outras informações. O Estado terá um prazo de 30 dias para responder.
Em paralelo, um segundo
ofício será encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado, para que o TCE também
acompanhe o caso. Não sendo cumprido o que compete ao governo, os deputados
garantiram iniciar um processo de judicialização. De todos que estiveram
presentes, apenas Joãozinho, Socorro e Henrique não assinaram o documento.
“A gente tem que esperar a vontade política da governadora”, disse o presidente em conversa com a imprensa após a reunião. “Eu acho que faltou gesto aos deputados. Todos os projetos foram aprovados como ela mandou, e eu disse à governadora: isso pode dificultar a relação. E, diga-se de passagem, isso [pagamento de emendas] não é nem um favor, é obrigação”, finalizou.
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