“O que o ocorreu ontem não é
fato isolado do contexto. Queira Deus que seja um ato isolado, mas, no
contexto, é algo que se iniciou lá atrás, com o famoso gabinete do ódio
destilando discursos de ódio contra instituições, Judiciário e, principalmente,
o STF. Contra as pessoas dos ministros do STF e os familiares de cada um dos
seus ministros. Isso foi se avolumando, agigantando, aumentando o descrédito
nas instituições, resultando no 8 de janeiro”, disse o ministro.
O "gabinete do
ódio" citado por Moraes é o nome dado ao núcleo de auxiliares e
assessores de Bolsonaro que, segundo as investigações da Polícia Federal, teria
o objetivo de espalhar notícias falsas e ataques a adversários durante a gestão
do ex-presidente.
De acordo com Moraes, o
atentado a bomba cometido pelo ex-candidato pelo PL ao cargo de
vereador do município de Rio do Sul (SC) Francisco Wanderley Luiz (Tiu França) reforça
a necessidade de eliminar qualquer possibilidade de anistia aos condenados
pelos ataques de 8 de janeiro contra as sedes dos Três Poderes, bem como a
necessidade de regulamentação das redes sociais.
As afirmações foram feitas
nesta quinta-feira (14) durante uma sessão ordinária do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE).
Segundo o ministro, é também
necessária a união de todas autoridades não apenas em defesa da democracia, mas
pela responsabilização total de todos aqueles que atentaram contra a
democracia.
“A impunidade destes gera
eventos como o de ontem. A impunidade vai gerar mais impunidade”, disse.
Sem anistia
Moraes acrescentou que o
atentado foi uma demonstração de que a pacificação do país só será possível a
partir da responsabilização de todos os criminosos e que, portanto, não
há possibilidade de pacificação com anistia.
“Todos sabem que criminoso
anistiado é criminoso impune e que a impunidade vai gerar mais
criminalidade, como ocorreu ontem com uma tentativa de explodir o STF. Várias
pessoas foram instigadas a agredir e atacar [as instituições], a tal ponto que
hoje se utilizam bombas para isso. Tirando o 8 de janeiro, talvez este seja o
atentado mais grave contra o STF”, acrescentou ao afirmar que a intenção
inicial de Francisco Wanderley Luiz era a de explodir o artefato no interior do
tribunal.
Regulamentação das redes
sociais
Moraes defendeu também a regulamentação
das redes sociais.
“Não se pode ter esse
envenenamento constante feito pelas redes sociais, para podermos pacificar o
país, sem criminosos atentando contra a democracia”.
O ministro reiterou que
muitas das pessoas manipuladas distorcem o conceito de liberdade de expressão,
estimuladas por motivações políticas, e que cometem crimes a partir disso.
“Em nenhum lugar do mundo ameaçar, coagir é liberdade de expressão”. Da Agência Brasil
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